A grande pergunta: o que fazer na Albânia? Hoje, enfim, trago dicas da Albânia. Descubra aqui nesse post tudo sobre o destino: meu roteiro de viagem, o que fazer, que cidades visitar, como chegar na Albânia, quando ir para a Albânia e outros países nos Bálcãs, melhores hotéis da Albânia, como se locomover no país (como é alugar carro na Albânia?) e muito mais informações e curiosidades! Vocês vão gostar. Vem comigo!
Abordaremos aqui:
- Nosso roteiro de viagem pela Albânia (com dicas de hotéis e restaurantes)
- Como chegar na Albânia – voos / balsa / estrada
- Documentos necessários para viajar para a Albânia / protocolos
- Seguro viagem internacional – recomendo nossa parceira CORIS, que tenho 15% de desconto com o cupom LALAREBELO15
- Como é dirigir na Albânia – estradas da Albânia
- Clima na Albânia – melhor época para ir a Albânia
- Quantos dias ficar na Albânia
- Gastronomia albanesa
- Idioma, moeda, custos e outras informações importantes
- Albânia com crianças – oi?!?! hahaha
- Curiosidades
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Difícil colocar em palavras tudo o que senti nessa viagem pela Albânia. Sim, já aviso: esse será um daqueles posts emotivos, cheios de sentimentos além das informações básicas de planejamento de viagem. Não é um destino qualquer, sabe?! Não é um destino que todo mundo vai amar… Pelo contrário! Conheço aqueles que odeiam! Mas se a Albânia sorriu pra você… Meeeu amigo… Prepare-se porque será arrebatador!
A dica número de uma viagem para a Albânia é: VÁ PREPARADO. Vá com as EXPECTATIVAS certas. Não é porque a Albânia está lá no continente europeu que você vai encontrar algo parecido com seus vizinhos Croácia, Grécia, Montenegro… Simplesmente ESQUEÇA AS COMPARAÇÕES! Não tem absolutamente NADA A VER com qualquer outro país da Europa. Aliás, está a anos luz deles em termos de desenvolvimento turístico.
Mas antes de dizer “ah que horror”, “ah quanto lixo”, “que desorganização” e outros comentários que li na internet de quem foi também e até me acusou de estar mentindo sobre o país (como se eu tivesse sido paga para promovê-lo! Paguei cada centavo da viagem), eu te convido a conhecer a HISTÓRIA DA ALBÂNIA e os motivos que a fazem ser assim. Viajar, pra mim, é ir além do que a gente vê.
Você sabia que a Albânia já foi apelidada de Coréia do Norte da Europa? Você sabia que a Albânia já foi um dos países mais fechados do mundo? Que o ditador do país era completamente maluco, com mania de perseguição, trancou a população albanesa e praticamente “jogou as chaves do país fora”? Que investiu todo o dinheiro que tinha na construção de mais de 170 MIL BUNKERS, porque jurava que seria vítima de um ataque nuclear?
O país viveu um dos piores regimes comunistas do mundo, por mais de 40 ANOS. Faltava luz, faltava contato com o mundo exterior (a população não tinha nenhuma noção do que se passava fora da Albânia), faltava infraestrutura básica. E você acha que tudo isso acabou há muuuito tempo e essa história terrível (que também envolveu campos de trabalho forçado e mortes) é apenas uma lembrança em um passado distante? Que nada! A Albânia se abriu para o mundo há apenas 30 anos. E esse contexto histórico explica muita coisa, não é? A noção de luxo… O nível do serviço… Entre tantas outras coisas que eu poderia escrever. Então antes de “julgar”, acho importante compreender, ir além do superficial.
A Albânia é um país de belezas naturais incomparáveis. Praias com mar azul turquesa, montanhas, cavernas, nascentes… Castelos, cidades históricas (com alguns patrimônios históricos protegidos pela UNESCO)… Pessoas amáveis e receptivas… Comida farta e deliciosa… E ainda absurdamente BARATO (viajar para Albânia, hoje em dia, ainda sai muito mais barato do que viajar pelo Brasil).
Mas sim, vá preparado, porque nem tudo acontece no tempo que você desejar e nem com a qualidade que pode estar acostumado. E ok se você for e não gostar.
E Lala, mas POR QUE VIAJAR PARA ALBÂNIA? De onde você tirou isso? Ainda mais com 2 “bebês”?
Quem aqui nos acompanha pelo instagram (@lalarebelo)?? Pois bem, meu filho de 3 anos (Vinicius, mais conhecido como Viniajante), desde o começo de 2021, simplesmente CISMOU com Albânia. Estava obcecado pela bandeira da Albânia e só falava em ir pra Albânia. Até prometeu que só ia desfraldar depois que fôssemos para a Albânia (é real! Hahaha! Ele desfraldou na volta!! Kkk).
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Claroooo que a gente não foi pra Albânia SÓ POR CAUSA DELE, mas ele nos deu uma BELA ideia. Comecei a olhar o destino com mais carinho. Tínhamos uma passagem para a Europa em setembro/2021 e entre as opções abertas a brasileiros (quase todos os países estavam com restrições por causa da pandemia) a Albânia começou a “piscar” para nós.
Depois de conversar com alguns albaneses que moram no Brasil e com brasileiros que moram lá, fiquei super animada e decidimos ir! Confesso que minhas referências de Albânia eram apenas relacionadas ao filme Busca Implacável (com a máfia albanesa) e eu morria de medo. Contava para alguém que estava cogitando ir e me diziam “toma cuidado com o passaporte”, “cuidado para não pegarem as crianças” (comentários de gente que nunca foi). Que bom que “ignoramos” os comentários e focamos em todas as coisas lindas e seguras (sim, o país é muito tranquilo e seguro) que nos contavam.
Vocês sabiam que Dua Lipa e Rita Ora são de origem albanesa?? Bom, se o pop não for sua praia, esta personalidade você vai conhecer: Madre Teresa de Calcutá! Albanesa também!!
Adicionamos Montenegro, que faz fronteira, também ao roteiro. Começamos a viagem por Montenegro, alugamos um carro e rodamos tuuuudo de carro, até a Albânia! Foram mais de 800km rodados!
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Agora vamos às dicas práticas!
NOSSO ROTEIRO DE VIAGEM PELA ALBÂNIA
Quem vai apenas para a Albânia, entra pelo país por Tirana, o único aeroporto internacional do país. Ou… Voa para Corfu, na Grécia, e pega a balsa de apenas 30 minutos para Saranda, no sul do país (praias).
Mas como nós estávamos em Montenegro anteriormente (Kotor, Budva e Sveti Stefan), entramos pelo país pela fronteira terrestre e nossa primeira parada foi em um “agroturismo” (um hotel fazenda) em Lëzhe.
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Mrizi i Zanave (agroturismo em Lëzhe) | 1 noite
Partimos de Montenegro após o café da manhã e chegamos no Mrizi i Zanave para o almoço. Este é mais um “restaurante” do que de fato um hotel. Não tem muito serviço, recepção. A “hospedagem” é algo meio jogado, sabe? Mas como fomos com as crianças, achei legal ter esse primeiro “welcome to Albania” em um lugar assim bem tradicional, com comida típica, cabras, gansos e uma certa baguncinha hehehe. O trenzinho de lata foi realmente um SUCESSO com os meninos!! Eles amaram tanto!! Tão simples e tão especial.
O Mrizi i Zanave ficou famoso no instagram por causa de uma construção super diferente, que mistura vidro e pedras. Nessa construção ficam alguns quartos do hotel, modernos e bem estilosos. É super disputado e não conseguimos vaga lá. Apenas no edifício antigo ao lado, que também é bem bonitinho, com carinha de fazenda.
Se você estiver com o roteiro corrido, acho que é um ponto dispensável do roteiro, ainda mais se não estiver com crianças. Mas para nós, foi legal (mesmo com todo o caos hahaha sim, é bem desorganizado, mas é interessante rs).
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*Quando você reserva por esse link, eu ganho uma pequena comissão. Você não paga nada a mais por isso. Obrigada!*
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Berat | 1 noite
Quaaaase cortamos Berat do roteiro, porque implicava em algumas horas a mais de carro entre “fronteira e litoral”. Mas que bom que insistimos e fomos. Foi um dos meus lugares preferidos na Albânia. Uma cidade com mais de 2.500 anos de história!! Ao chegar, a gente já se encanta pelas casinhas construídas nas encostas das montanhas, dos dois lados do rio. Berat é chamada de “a cidade das mil janelas” e você logo entende porquê reparando no estilo das construções. Muitas muitas janelas para poucos metros de parede (adoro), permitindo a entrada de muita luz natural.
Berat está a cerca de 2h ao sul de Tirana (muita gente faz bate-volta, não recomendo! O entardecer é MÁGICO!!!) e um de seus bairros, Mangalem, é protegido como patrimônio histórico pela UNESCO.
O que fazer em Berat? Passear pelas margens do rio e cruzar a Ponte Gorica sobre o Rio Osum, uma das pontes otomanas mais antigas da Albânia. A ponte liga o bairro Mangalem ao Bairro de Gorica. Vale a pena se perder por ambos. Mangalem é um emaranhado de ruelas íngremes, e muitos locais se utilizam de burros para conseguirem se locomover com coisas.
O Castelo de Berat também é muito especial, porque é um castelo vivo, onde pessoas ainda moram (como um bairro, um vilarejo). Tem hotéis, lanchonetes e casas. Muitos corajosos sobem até o castelo andando, mas nós fomos de carro mesmo (dá pra praticamente entrar no castelo). A entrada custa 300 lekes por adulto (aprox 2,50 euros).
Me recomendaram muito o restaurante “Homemade Food Lili” (atenção aos horários), que fica escondido nas ruelas de Mangalem. Falaram que é a melhor comida da Albânia!! Mas os meninos apagaraaaam no fim da tarde (e dormiram até o dia seguinte) e nem conseguimos jantar nesse dia, que pena. Ficamos apenas 1 noite em Berat (o que julgo suficiente pra conhecer).
Outros restaurantes legais que nos recomendaram: Antigoni (em Gorica com vista para Mangalem) e o restaurante que fica no rooftop do nosso hotel, Mangalemi. A gente acabou comendo apenas em um restaurantinho simples e familiar bem em frente ao hotel, no almoço de chegada (linguiças albanesas deliciosas e a conta para nós 4, com cerveja, saiu por 15 euros. Pasmem! Welcome to Albaniaaaa!!! \o/ )
Onde ficar em Berat: ficamos em um hotel histórico no bairro de Mangalem, o Hotel Mangalemi. Adoramos. Ótimo custo-benefício, bom café da manhã, quarto espaçoso (e em estilo antigo, que eu adoro, pra combinar com a cidade. Aliás, o hotel é de fato histórico, prédio com 250 anos) e, principalmente, fácil acesso de carro.
Um hotel que quaaaase escolhi foi o Hotel Ansel. Na verdade, até me arrependi de não tê-lo escolhido. Sua localização é ainda melhor, bem na beira do rio, com vista para o bairro de Gorica. Barato também e bem charmosinho! Vi um outro hotel gracinha DENTRO do bairro de Mangalem (mais difícil acesso), chamado Hotel Borklad.
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Dhermi (+ Himara) | 2 noites
Partimos rumo ao litoral. Para chegar em Dhermi (e na parte mais bonita do litoral da Albânia) indo pela costa e não pelo interior, é preciso passar por uma parte de estrada que é um verdadeiro zig-zag com as vistas mais deslumbrantes da vida!! Chama-se “Llogara Pass” e tem mirante no caminho. Recomendo a paradinha! Não é inseguro, só é zig-zag hehe. Fiquem tranquilos! 🙂
Dhermi tem praia de pedrinhas e mar azul turquesa. Fica bem badalada no verão (muitos jovens), com vários beach clubs bacaninhas, como o Havana (que também e um restaurante grande), Drymades Inn e Sunset til Sunrise. Como fomos no fim da temporada (final de setembro) os beach clubs já estavam todos praticamente fechados e a cidade bem “morta”. Recomendo se hospedar na PRAIA de Dhermi se você visitar a Albânia de junho ao começo de setembro (lembrando que em agosto é tudo bem cheio).
*Obs: nessa região, na verdade, há duas praias: a Dhermi Beach (onde fica o Havana Beach Club) e Drimadhë Beach (onde fica o Drymades e o Sunset til Sunrise). Mas acaba que tudo ficou sendo chamado de Dhermi. Ali, ao lado da Drimadhë Beach, há uma praia que está se desenvolvendo agora, chamada Palasë. Vi um resort recém-inaugurado, Green Coast, mas não sei dizer ainda se é bom (eu ainda preferiria ficar em Dhermi pelo “agito”).
Nós optamos por ficar no VILAREJO HISTÓRICO DE DHERMI (não fica walking distance da praia, mas a vista é espetacular), em um hotel novinho e fabuloso (à parte do serviço, que era bem ruim, mas as instalações eram UAU UAU UAU) chamado Zoe Hora (mesmos donos do Drymades Inn, aliás). Clímax da viagem. Foi demais.
Sobre o Zoe Hora: vi uma foto desse hotel no instagram, sem dizer onde era, e fui atrás como uma louca obstinada. Descobri! Nos hospedamos quando o hotel estava há menos de 2 meses abertos, ou seja, muitos problemas no serviço. Pagamos 600 euros (300 euros por noite) com café da manhã incluído em uma acomodação com duas suítes. Comparando com um hotel lindo assim em outros destinos, realmente o valor é OK. Mas para a Albânia é um valor surreal. Não tinha cortina nas janelas e o serviço era bem ruim, não tivemos ajuda nem para levar as malas do carro para o quarto. Mas para nós, valeu a pena. É um dos lugares mais lindos que meus olhos já viram NA VIDA! A piscina, apesar de gelaaada, era impressionante. UAU. Encaramos como uma “casa alugada”, com pouco ou nenhum serviço. E fomos felizes!!
O café da manhã era muito bom, super completo, com croissants, frutas, ovos e pratos típicos albaneses. O restaurante também era muito bom, jantamos duas vezes lá (aberto a não hóspedes também). Fizemos a reserva da nossa estadia pelo instagram (tel restaurante: 069 7074 000 / tel hotel: 069 6087 500) sem nenhuma formalidade ou documento de confirmação. Estávamos receosos mas deu tudo certo. Creio que estão aperfeiçoando o negócio aos poucos.
O que fazer em Dhermi, além de curtir as praias em um beach club? Ir até Himara (a 30 minutos de carro de Dhermi) para fazer um passeio de barco saindo de lá. As praias mais bonitas ficam de fato na área de DHERMI, mas os barquinhos saem de Himara. Por isso até que muitos optam por fazer base em Himara também. O vilarejinho de Vuno, no caminho de Dhermi para Himara, é uma gracinha. Tem um café (Lula Bar) que vale a parada.
Em Himara, vocês podem escolher dois “lados” de passeio:
. LESTE: Fillikuri, Porto Palermo e Palermo Cave
. OESTE: Aquarium Beach, Doves Cave (Plazhi Me Shpella), Gjipe Beach, Pirates Cave, Grama Bay.
Meu sonho era fazer o OESTE, que são as praias mais lindas, cavernas UAU e água azul turquesa. Fomos na primeira tentativa, o capitão nos desaconselhou o oeste porque as ondas estavam enormes. Decidimos ir para leste e desistimos no meio do caminho. MAR BATIDO, ONDAS ENORMES, HORRÍVEL. Triiiiste. No dia seguinte, o mar melhorou, fomos até Himara de novo e conseguimos ir para OESTE!!! UFAAAAA!! Mesmo batido um pouco (normalmente está lisiiiinho), deu pra aproveitar! Se tiver +1 dia na região, aconselho fazer leste também!
Escolhemos a empresa @himara_seas_the_day para fazer um passeio de barco PRIVADO, por 12.000 lekes (aproximadamente 100 euros). Passamos por várias cavernas e praias lindas a oeste de Himara, e depois escolhemos uma para descer (pode escolher mais para descer também, se quiser). Algumas delas só são acessíveis por barco. Outras empresas que vimos por lá: @sea_scapes_himare, Himara Water Taxi e um catamaran The Great Chimera.
Ainda bem que fomos persistentes e voltamos para Himara no dia seguinte!! Paramos o carro na rua com nossas coisas dentro (estávamos a caminho do próximo destino, já tínhamos feito checkout no hotel)… Porque o passeio de barco foi SENSACIONAL!
A praia mais famosa da região é a Gjipe Beach, que fica “encaixada” bem em um cânion. Visual arrebatador. É possível chegar a essa praia de carro 4×4 ou de carro + uma trilha (40 minutos), mas de barco é bem prático também.
Decidimos descer na Doves Cave (Plazhi Me Shpella) porque achamos o visual da caverna + praia surreal, diferente de tudo que já vimos. E a praia estava vazia. Apenas nós + um outro casal. Um daqueles momentos que entraram na história da nossa vida. Nunca nunca vou esquecer o que vivemos ali, praticamente sozinhos naquela praia na Albânia.
Sintam um pouquinho do que sentimos:
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Dicas de restaurantes em Dhermi e Himarë: em Dhermi, comemos apenas no restaurante do Zoe Hora, aberto também a não hóspedes (é bem mais caro que a média de preços da Albânia, mas vale a pena pela vista. Reserve!). Em Himara, há vários restaurantinhos na orla (tudo bem simples). Paramos em um chamado “I Love Souvlaki” que estava bem gostoso, com espetinhos bons.
Ficamos apenas 2 noites em Dhermi / Himara, mas queria ter ficado mais. E se ainda tivesse ido mais no começo de setembro, quando os beach clubs ainda estavam abertos, teria dividido a estadia: 2 dias na praia + 2 dias (ou 1 dia, dependendo do budget) curtindo o visual do Zoe Hora lá de cima. Tem quem opta também por ficar 1 noite em Himara, pra facilitar na logística dos passeios de barco (o melhor hotel de Himara é o Rea Boutique).
::: Clique aqui para pesquisar hotéis em Dhermi (gostei do Drymades Bungalows, mas estava em reforma. Não experimentei o hotel mas achei bacaninha a praia e a área da piscina. Outro hotel que estavam terminando de construir e parecia beeem legal era um chamado Abonqra, também do grupo do Drymades).
::: Clique aqui para pesquisar hotéis em Himara.
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Saranda | 2 noites
Saranda (em albanês, Sarandë – esse “ë” sempre tem som de A) é a cidade mais badalada da “Riviera Albanesa”. É de lá que saem / chegam as balsas que ligam a Albânia à ilha de Corfu na Grécia (apenas 30 minutos). Ou seja, Saranda também é porta de entrada internacional da Albânia, pra quem não quer incluir Tirana ou quer focar apenas nas praias. Eu inclui Saranda no roteiro porque tem uma boa infraestrutura de hotéis e restaurantes, mas confesso que não achei as praias da cidade em si muito bonitas. Porém é uma boa base para usar o carro e explorar os arredores (me indicaram as praias Mirror Beach e Monastery Beach – mas elas ficam já mais para Ksamil do que em Sarande em si).
Pegamos um hotel que foi um achadinho (barato, muito charmosinho, café da manhã gostoso e com praia bem em frente) chamado Da Luz Boutique Hotel. Ficava fora do “buchicho” (para chegar ao calçadão, onde estão concentrados os restaurantes / bares, precisava pegar carro. Mas ali mesmo próximo ao Da Luz já tinha algumas opções de restaurantes). Então se você quer sossego, é uma boa opção, com lugar pra estacionar.
Outros hotéis em Saranda que fiquei namorando: Buzë Boutique Hotel (só não escolhi esse porque era mais caro. Mas tinha piscina linda e praia sossegada) e El Primero Hotel (piscina linda mas parecia já muito afastado. Aí pelo valor, achei o Da Luz mais conveniente). Outro que há muito tempo queria ficar era o Bougainville Bay, por causa da pisicna de borda infinita, mas eram tantos reviews horríveis que desisti.
Não deixe de passear pelo calçadão de Saranda, tomar um sorvetinho… No fim de tarde / início da noite, o ambiente é bem familiar. Mais tarde confesso que achei esquisito. Jantamos uma pizza (4 euros a grande!!) no restaurante Limani e o ambiente, aberto, era bem agradável.
Outra coisa que fizemos de bate-volta de Saranda: KSAMIL & BLUE EYE. E também dá pra fazer o Butrint National Park (acabamos não indo). Mas Ksamil e Blue Eye são tão incríveis que merecem uma sessão à parte, já escrevo abaixo.
::: Clique aqui para reservar o Da Luz Boutique Hotel.
::: Clique aqui para reservar o Buzë Boutique Hotel.
::: Clique aqui para pesquisar outros hotéis em Saranda.
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Ksamil e Blue Eye | 1 dia
Esse foi um passeio que fizemos bate-volta de Saranda. Já que Ksamil fica a apenas 30 minutos de carro, achamos que não seria necessário me hospedar lá. Realmente não é necessáááário, mas as praias são tão bonitinhas que gostaria de ter ficado lá. Apenas cuidado se for na altíssima temporada (tipo agosto), pois o local fica L-O-T-A-D-O e, com a falta de infraestrutura, vira um caos. A cor da água de Ksamil é de um azul turquesa UAU UAU UAU.
Ksamil é pequenininha, um litoral todo recortado, com estreitas faixas de areia. São várias opções de restaurantes / beach clubs, que até constroem plataformas sobre o mar para ampliar a área de espreguiçadeiras. Escolhemos o Abiori para ficar (2 espreguiçadeiras + guarda-sol por 10 eur), mas acabamos almoçando em um restaurante ao lado que tinha um ambiente muito agradável chamado Rilinda. A vista de cima mais bonita é do restaurante Guvat.
Em frente ao litoral, você vê 4 ilhotas (Ksamil Islands) e pode alugar caiaques, SUPs ou pedalinhos pra ir até elas. Corfu também é visível.
Ali pertinho do “buchicho” de Ksamil há um complexo novo, de hotel, residências e beach club de altííííssimo padrão (Dua Lipa se hospedou lá recentemente) chamado Kep Merli. Você também pode pagar para passar o dia (valores a partir de 60 euros em 2021). Outras duas praias lindas que indiquei ali em cima em “Sarande”, mas que estão mais próximas de Ksamil, são: praias Pasqyrave (Mirror Beach) e Manastirit (Monastery Beach).
Gostaria de ter ficado ao menos 1 noite em Ksamil, se tivesse mais tempo (mas é suuuuper ok fazer bate-volta de Saranda). Me recomendaram o PODA Boutique Hotel (não testei. São bem poucas opções de hospedagem em Ksamil).
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Saímos de Ksamil e fomos dirigindo rumo ao Blue Eye (Syri i Kaltër). 40 minutos em uma estrada cênica!! Uma nascente super profunda (mergulhadores conseguiram ir até 50m mas não sabem quantos mais tem) de um rio azul turquesa (Rio Bistricë). A água é ABSURDAMENTE GELADA, até congela os pés hahaha. Eu não consegui entrar, mas meu correspondente subMARIDO fez fotos por mim. Suuuper transparente!! Não paga nada pra entrar. Há um café/restaurante no local, com um cenário bem lindo.
Obs: o Blue Eye fica no mesmo “rumo” de quem vai de Sarande para Gjirokaster (conto mais abaixo), então também pode ser uma boa passar por lá nesse dia.
Outra coisa pra fazer na área de Ksamil é uma visita ao Butrint National Park, patrimônio histórico pela UNESCO. São ruínas de uma cidade do Império Romano com mais de 2.400 anos de história. Acabamos não indo por causa dos filhos pequenos que já estavam bem cansados, mas todo mundo diz que vale a pena.
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Gjirokaster | meio dia
Dia de ir de Saranda rumo a Tirana. São mais de 4h de viagem (280km) até a capital, mas no caminho passamos por Gjirokaster, uma cidade histórica charmosíssima, classificada como Patrimônio Histórico pela UNESCO. Estacionamos com as malas todas no carro, nos disseram que n Albânia não tem problema (não sei dizer se não tem mesmo, mas conosco deu certo! rs). Gjirokaster fica a 1h30 de Saranda (55km – uma estrada bem zig-zag grudada no paredão, mas segura).
O que fazer em Gjirokaster? Se perder mesmo pelas ladeiras e ruelas, se encantar pelas lojinhas de artesanato (os tapetes são maravilhoooosos) e comer uma refeição típica deliciosa. Olhamos vários e paramos no EDUA (que é também um empório / lojinha). Que decisão acertada!! Simplesmente peçam o mix de entradinhas tradicionais albanesas e o prato de massa caseira com frango (apesar de não ser esteticamente lindo, uau, foi uma das massas mais gostosas que já comi!!),
Outro must do de Gjirokaster que acabamos pulando depois desse roteiro intenso de Albânia com dois filhos pequenos é o Castelo de Gjirokaster. Sua construção remonta aos séculos XII e XIII e como fica no alto de uma colina, traz uma vista linda da cidade. É uma cidade otomana preservada. Repare nos telhados de pedra das casas…
Gjirokaster é famosa também por ser a cidade de nascença do ditador maluco Enver Hoxha e do famoso escritor Ismail Kadaré (já leram Abril Despedaçado? É dele).
Não acho que Gjirokaster seja uma cidade para dormir, creio que apenas umas horas bastam. Mas se você quiser se hospedar, o mais recomendado é o Hotel Argjiro, no meio de tudo.
::: Clique aqui para reservar sua estadia no Hotel Argjiro.
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Tirana | 1 dia
Nossa ideia era chegar em Tirana no fim de tarde, nos hospedar no hotel que reservamos pertinho do aeroporto (MK Hotel Tirana) e ir embora no dia seguinte. Maaaaas não resistimos, paramos no estacionamento de um shopping (Toptani Shopping Center) e fomos bater perna no centro. Definitivamente, você não precisa gastar muito tempo do seu roteiro em Tirana, mas ao menos 1 dia inteiro é super bacana!! O título que recebeu um dia de “capital mais chata da Europa” de fato não lhe pertence mais. Tirana está fervendo, com novos bares e restaurantes surgindo, com um mood descolado e jovem. Mas é uma cidade caótica, principalmente no trânsito, então talvez seja mesmo melhor guardá-la para o final e evitar sustos! rs
No centro, é importante conhecer o Bunk’Art 2, um abrigo subterrâneo com mais de 1000 m2 em plena praça principal, convertido em museu. É bem forte! Zero programa para fazer com crianças pequenas. Mas muuuito interessante. Aquilo do “conhecer e relembrar para nunca repetir”, sabe? O período do comunismo na Albânia foi bem triste (quase 6 mil albaneses foram mortos pelo governo. 1 em cada 3 albaneses cumpriu pena em campos de trabalho forçado, por razões políticas). Dos países do antigo bloco Oriental, a Albânia foi o que teve o regime mais severo e isolado. Pagamos 500 lek/adulto e bunker fica aberto todos os dias de 9h às 20h. Tem também o Bunk’Art 1, que dizem ser ainda mais legal, mas está afastado do centro.
A praça principal, Praça Skanderbeg, é enoooorme. Imagina se o Vini não foi a loucura com a bandeira gigante da Albânia? Rolou até um carrossel para as crianças!!
A rua que liga a Praça ao shopping onde estacionamos tem uma parte só para pedestres, como um calçadão (Pedonalja – Shëtitore Murat Toptani) cheia de restaurantes bonitinhos. E é ali que está o CASTELO DE TIRANA, datado de 1300, foi completamente restaurado e hoje abriga lojas e restaurantes que atraem turistas e locais para o centro da cidade. Para provar das delícias albanesas, como tortas, qifqi (bolas de arroz), linguiças e até o alcóolico raki, faça uma refeição no tradicional Ceren Ismet Shehu que fica lá dentro (cerca de 20 euros por adulto para comer à vontade – é comida que chega na mesa que não acaba mais!!).
Um restaurante que fiquei com muuuita vontade de ir, mas que não deu tempo, pois não ficava no centrinho, chama-se Mullixhiu.
Quem fica mais tempo em Tirana também consegue fazer um bate-volta ao Lago Bovilla, cerca de 1h da cidade. É um lindo lago entre montanhas, que agora conta com restaurante. Super visual.
Optamos por ficar perto do aeroporto, no MK Hotel Tirana. Há outras opções mais “na cara” do aeroporto, como o Best Western e o Hotel Jurgen, mas optei pelo MK por ser muuuuito novinho (tem piscina linda, inclusive) e ficar a apenas 5 minutos de carro. Café da manhã muito bom também!!
Para quem quiser se hospedar no centro de Tirana, o hotel mais recomendado é o Maritim Hotel Plaza Tirana.
::: Clique aqui para reservar sua estadia no MK Hotel Tirana.
::: Clique aqui para pesquisar outras opções de hotéis em Tirana.
Pegamos nosso voo em Tirana rumo a São Paulo, via Frankfurt, e finalizamos essa que foi uma das viagens mais legais que já fizemos!!
*Obs: vale para qualquer hotel e para qualquer destino, não necessariamente o que eu já tenha escrito aqui. Basta iniciar a busca de hotel por este link, que “conta pra mim”. Super obrigada!!
/// COMO CHEGAR NA ALBÂNIA – VOOS / BALSA / ESTRADA
[VOOS]
O jeito mais fácil é voar para Tirana – capital da Albânia – de Lufthansa (conexão em Frankfurt, na Alemanha), de British Airways (conexão em Londres, Inglaterra) ou de Turkish Airlines (conexão em Istambul, Turquia).
Mas, como Tirana recebe muitos voos low cost, também é possível chegar “quebrando” os trechos. Exemplo: voar até Paris de Air France ou Latam, e de Paris para Tirana pegar um voo da Wizz Air.
Como nós fizemos Montenegro e Albânia na mesma viagem, chegamos pelo aeroporto de Tivat em Montenegro, cruzamos a fronteira por terra, dirigindo, e fomos embora pelo aeroporto de Tirana na Albânia. Tudo de Lufthansa.
[BALSA]
A ilha grega de Corfu fica bem em frente de Saranda e seu aeroporto recebe voos de várias partes da Europa. Para cruzar para a Albânia bastam 30 minutos de balsa. Mais distante, porém possível: chegar na Albânia vindo de balsa da Itália (Bari e Brindisi).
[ESTRADA]
Como comentei, entramos na Albânia por terra (fronteira com Montenegro). A imigração levou cerca de 1h porque havia uma certa fila, mas foi tranquila. Rola uma certa desorganização, o que é comum nos Bálcãs! hehehe. Marquei no mapa que está no final do post a fronteira que utilizamos (Muriqan – Sukobin), mas sei que indo por Podgorica (Hani i Hotit – Bozhaj) também é ok.
Também é possível entrar pela fronteira com a Macedônia do Norte e com o Kosovo.
/// DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA VIAJAR PARA A ALBÂNIA / PROTOCOLOS
Brasileiros não precisam de visto para viajar para a Albânia, apenas passaporte válido.
Durante a pandemia, estão exigindo vacinação completa (não mencionam fabricante, mas a segunda dose precisa ter sido tomada há pelo menos 14 dias da entrada) comprovada em certificado oficial em inglês (apresentei o do Conecte SUS) ~OU~ PCR negativo (72h) ~OU~ teste de antígeno negativo (48h). Regras valem para passageiros com 6 anos ou mais.
Nós fizemos o teste de antígeno em Montenegro no MojLab porque na época, as informações sobre vacina estavam confusas (15eur). Mas na hora, aceitaram apenas a vacina mesmo (nem mostramos o exame). No Brasil, costumo fazer os testes de covid pré-viagem no Fleury, Alta, Beep, Einstein ou CR Diagnósticos.
Para voltar ao Brasil, precisamos fazer o teste PCR (72h antes do embarque no voo para o Brasil) ou o de antígeno (24h antes do embarque no voo para o Brasil). Fizemos na Intermedica (PCR 45 euros). Para entrar no Brasil, precisa também preencher o formulário da ANVISA e agora também precisa apresentar a vacina.
Atenção: as regras mudam com frequência. Nós viajamos em setembro/21! Durante a nossa viagem, enquanto ainda estávamos em Montenegro, passaram a exigir teste ou vacina para entrar na Albânia. E aí precisamos correr para fazer o exame antes do dia de cruzar a fronteira. Precisa estar muito atento com seu agente de viagens e consulados/embaixadas. Adoro consultar esse site TravelDoc também.
/// SEGURO VIAGEM
Costumava não achar essa dica “uma das mais importantes”, mas recentemente precisei usar messssmo o seguro viagem, fui para o hospital em Portugal, estando com sozinha com meu filho pequeno e tudo mais, e estava com cobertura do seguro viagem CORIS. E de forma anônima (não era parceria nem nada, meu marido que tinha emitido o seguro pra mim), eu fui MUITO bem atendida e fiquei super impressionada com o serviço da CORIS. Desde então, não tenho feito outro seguro viagem (e ainda se tornaram meus parceiros!). Sério… Não viaje sem. É um gasto muito pequeno perto de todo o investimento da viagem, mas se você precisar usar, vai ser a maior dor de cabeça de toda a viagem.
::: Faça a cotação do seguro aqui (www.coris.com.br/seguroviagem) ou com seu agente de viagens. Utilize o cupom LALAREBELO15 para 15% de desconto.
Aqui nesse post contei um pouquinho do perrengue de saúde que passei em Portugal e também trouxe alguns dos diferenciais do seguro viagem Coris.
/// ALUGUEL DE CARRO – COMO É DIRIGIR NA ALBÂNIA – ESTRADAS NA ALBÂNIA
Alugamos nosso carro em Montenegro (aeroporto de Tivat) e devolvemos na Albânia (aeroporto de Tirana) e claro que isso implicou em uma bela taxa (uns 200 dólares a mais. Maaaas era o custo do nosso conforto e do nosso tempo que não é infinito, ainda mais com duas crianças pequenas). Alugamos diretamente na Enterprise. Mas normalmente orço/alugo meus carros em viagens pela RentalCars.
Quase quase quase contratamos uma van com motorista para fazer esse itinerário na Albânia por puro medo das estradas e da segurança. Juro!! A gente lê tanta coisa horrível que fomos preparados para o pior. Sairia muito mais caro, além de perder toda a nossa flexibilidade de roteiro.
Depois de conversar com albaneses que moram no Brasil e com brasileiros que moram na Albânia, ficamos bem encorajados a fazer tudo por conta própria. E de fato: Albânia é super segura!! Ainda mais pra quem vem do Brasil. Eles, por exemplo, nem entendiam nosso medo de estacionar na rua com as malas dentro do carro.
Me disseram que as estradas eram ruins. Eu não sei quais as referências das pessoas que me disseram isso (dirigem apenas na Rodovia do Bandeirantes? Na Alemanha?) mas eu, como vim de Mato Grosso (hahaha) achei as estradas ótimas, sem buraco algum. O que tem de “perigoso”? A maioria dos caminhos são em pistas simples e não duplas, em alguns lugares não há acostamento e, por ser um país muito montanhoso e com anos de atraso em investimentos em infraestrutura, as estradas são em zig-zag, contornando os paredões. Mas, pelo lado positivo, temos VISTAS BELÍSSIMAS!! Acho que o maior perigo é ficar olhando demais para a natureza e passar reto na curva. Basta ir devagar, prestando atenção e está tudo certo.
Já em Tirana, o pessoal dirige mais “vida loka” mesmo. Passar por uma rotatória é um grande desafio, já que parece que quem está na rotatória não tem a preferência.
Mantivemos nossos caminhos sempre pelas estradas principais (as que os nomes/números começam com SH ou E), não caindo nos “atalhos” do Google. Aliás, Google Maps funciona muito bem. Aconselho fazer o download do mapa off-line.
Quem preferir fazer a viagem com motorista e uma operadora local (DMC), indico a Outdoor Albania (Ana Shtrepi – product@outdooralbania.com). Quase fechamos com eles, foram super atenciosos, mas optamos mesmo por fazer por nossa conta. A Into The Balkans é outra empresa que faz viagens para a região e ainda fala português.
Cadeirinha de bebê – como fazemos? É muito simples pedir na locadora as cadeirinhas para as crianças / bebês. Mas como viajamos muito e depois de sermos surpreendidos com algumas cadeirinhas em mau estado, optamos por comprar 2 cadeiras simples e leves para despachar nas viagens.
/// CLIMA NA ALBÂNIA – MELHOR ÉPOCA PARA IR PARA A ALBÂNIA
Apesar de ter muitas cidades históricas, uma capital interessante e já um turismo “de montanha”, na minha opinião, o mais lindo da Albânia são as praias. Então precisa ir no clima propício para curtir sol e mar. A melhor época para viajar para a Albânia vai da segunda quinzena de maio à primeira quinzena de outubro. Evite ir em agosto, na altíssima temporada, já que costuma LOTAR (então imagine um lugar com pouca infraestrutura lotado… Caos!!).
Pra quem quiser badalação, precisa ir até o começo de setembro, pois depois disso os beach clubs, principalmente os de Dhermi, fecham.
Pegamos apenas dias lindos (exceto no primeiro dia, que achamos que íamos voar no temporal, no meio de uma fazenda albanesa! hahaha) e noites fresquinhas. Clima delícia!
Acho que a época que fomos foi uma grande responsável por ter amado tanto (setembro). Estava tudo muito tranquilo, praias vazias, clima gostoso. Relatos de quem foi no alto verão e detestou. Junho e primeira quinzena de julho também deve ser ótimo.
/// QUANTOS DIAS FICAR NA ALBÂNIA?
No mínimo, 1 semana para conhecer um pouco do melhor que o país tem a oferecer (praias + cidades históricas). Nós ficamos 7 noites. No início, quando estava organizando o roteiro, achei que seria muito… Aí fui estudando, estudando e queria mais dias. Acho que pra quem desejar curtir praia com mais calma, 10 dias é o ideal. Nós fizemos tudo bem rapidinho, mas foi bom também!!!
/// GASTRONOMIA ALBANESA – O QUE SE COME NA ALBÂNIA?
Difícil definir a gastronomia da Albânia… Eu diria que bruta, rústica. Uma mistura de culinária mediterrânea com a dos Bálcãs, com uma pitada de vários outros lugares. A gente come um pouquinho de Grécia, de Turquia e até de Itália, e come também o que só tem lá (como as linguiças que são únicas e deliciosas). Terras montanhosas, com muitos vales produtivos… Era de se esperar que os vegetais fossem fresquíssimos (muito tomate, pepino e cenoura) e as carnes (cordeiro, vaca, galinha) muito saborosas. Peixes só consumimos no litoral.
As tortas (byrek) e um molhinho chamado fergesa (queijo cottage, molho de tomate, pimentão, cebola, alho e especiarias) estão sempre presentes nas entradinhas. Pão não falta nunca. Aliás, algo que sabem fazer é pão. O consumo de carne costuma ser feito numa bandeja, cheia de tipos diferentes, como uma degustação (tave mishi). E falando em degustação, recomendo fazer uma refeição tradicional no maior estilo “manda ver”. Você paga um valor fixo e eles vão trazendo os pratos do menu. Comemos assim no Mrizi i Zanave (hotel-fazenda em Lëzhe, nossa primeira parada no país) e no Restaurante Ceren Ismet Shehu no Castelo de Tirana. Outro bem recomendado na capital: Mullixhiu. Um restaurante onde comemos absurdamente bem foi o Edua em Gjirokaster.
Algo que não consegui experimentar e que é típico: cérebro de boi.
A bebida mais consumida na Albânia é o Raki (sim, o mesmo da Turquia), com teor alcóolico de 40%. Apesar de ser um país de maiora muçulmana, shots de Raki são bem populares! 🙂 Também toma-se bastante suco de cranberry.
/// IDIOMA, MOEDA, CUSTOS E OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES
O idioma oficial da Albânia é o albanês. Mas conseguimos nos comunicar “bem” em inglês (digo entre aspas, porque em alguns lugares, ninguém falava inglês hahaha. Mas eu JURO que dá pra se virar!! Quando falam inglês, falam bem devagar. E são todos muito simpáticos!! Vocês vão se entender!). Já no sul da Albânia, muitos falam italiano e grego, além do albanÊs (pela proximidade dos países).
A moeda oficial da Albânia é o LEK (lek lek lek – aposto que você vai lembrar do funk hahaha) e é tudo ainda MUITO BARATO por lá. Sério, sai mais barato do que viajar pelo Brasil. Seja em hospedagem, comida ou passeios. Chegamos a comprar sorvete por 50 centavos!!!
Você precisa viajar com Euros e deixar para trocar por Lek lá na Albânia. Há bastante casas de câmbio. Outra coisa que fazemos: enviamos dinheiro para nós mesmos pelo app da Western Union, fazemos o pix, e retiramos em cash – LEK – em uma Western Union na Albânia, em segundos (há dezenas de WU por lá!!!). Sai mais barato do que ficar trocando de reais para euro/dólar e de euro para Lek. #ficaadica 😉
Atenção: tenha dinheiro em CASH!! Poucos lugares aceitam cartão de crédito na Albânia.
/// ALBÂNIA COM CRIANÇAS
Sei que parece exótico demais e até ouvimos de alguns que éramos loucos em levar crianças pequenas – 3,5 & 1,5 anos – para um lugar assim! Assim como, né?! O país é seguro, as praias são lindas, as pessoas gentis e a comida, que normalmente mais preocupa os pais, bem gostosa. Encontramos de tudo: massas, pizzas, carne, carneiro, frango, peixe, linguiças, tomate, pepino, cenoura, tortas… Dá para se virar bem com a alimentação dos pequenos.
Eles são bem receptivos com as crianças mas o cadeirão de alimentação não achamos em quase nenhum lugar. Já o bercinho, metade dos hotéis disponibilizou e outra metade não (e aí o Miguel dormia na cama conosco).
Quanto às fraldas e fórmulas, as principais marcas internacionais estão presentes na Albânia, como Pampers e Danone, respectivamente. Também vimos papinhas (de potinho e pouch) nos mercados e farmácias.
/// CURIOSIDADES
- A Albânia é um país de maioria muçulmana. 60% da população segue o islamismo. Mas é algo que não se percebe muito, já que por dezenas de anos as pessoas eram “atéias”. O ditador declarou a Albânia um país ateu em 1967.
- A Albânia é o país com o menor número de carros da Europa e por 40 anos (regime comunista) a população ficou proibida de ter um automóvel. Se locomovia de bicicletas e carruagens.
- Em 1991, o país tinha em torno de 7.000 carros.
- A Albânia é do tamanho de Alagoas.
- Dua Lipa e Rita Ora são cantoras de origem albanesa. Madre Teresa de Calcutá também é albanesa!
- Há mais de 170 mil bunkers espalhados pelo país (ditador maluco, com mania de perseguição).
- A Albânia viveu um dos regimes comunistas mais duros do planeta. Foi um dos países mais fechados do mundo, apelidado de “Coréia do Norte da Europa”.
- O nome da Albânia lá não é Albânia, é Shqipëria.
- Não há Mc Donald’s na Albânia.
- Mais de 1.5 milhões de Albaneses moram fora da Albânia (a população albanesa é de 2.8 milhões de habitantes).
/// MAPA
Explore no mapa abaixo tudo que citei aqui sobre Albânia! Cidades, praias, hotéis e outros pontos de interesse, para você planejar melhor a sua viagem!!
E aí, o que acharam da Albânia? Um destino subestimado, surpreendente e interessantíssimo… Não é? Quem for, me conta depois!!
Assista nossos dias na Albânia em detalhes (mostrados ao vivo pelos stories do Instagram):
[ Parte 1 ]
[ Parte 2 ]
[ Parte 3 ]
Leia também:
- Viagem para Montenegro
- Viagem para Croácia
- Viagem para Eslovênia
- Viagem para Creta – Grécia
- Viagem para Portugal
- Viagem para Paris com crianças
Beijos, Lala Rebelo
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