Você sabia que a Nicarágua é o terceiro país mais seguro da América Latina, atrás apenas do Uruguai e do Chile? Descobri essa informação na minha recente visita a esse destino encantador.
E além da segurança, há vários outros atrativos para turistas brasileiros:
- Não fica muito longe do Brasil;
- Chega-se em vôos que fazem apenas 1 conexão;
- Não é um destino caro;
- Tem praias bonitas (calmas ou com super ondas para surf);
- Vulcões ativos (que você pode chegar – de carro – tão perto a ponto de ver a lava) e outros muitos inativos (dá até pra fazer sand board em alguns deles);
- Lagos enormes com várias ilhas dentro;
- Hotelaria de alta qualidade (destaque para o novíssimo Mukul Resort);
- Cidades históricas e pitorescas (como Granada e León);
- Uma cultura interessante e um povo acolhedor.
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Encontre aqui neste post todas as dicas para a sua viagem para a Nicarágua: o que fazer no país, qual o melhor roteiro, que cidades (Granada, entre outras) e praias visitar (praias com ondas para surf e praias tranquilas), quantos dias ficar, onde se hospedar (os melhores hotéis, incluindo o novo hotel de luxo Mukul Resort), restaurantes, clima, melhor época para ir, como chegar (melhores opções de vôos), documentos necessários (passaporte e vacina contra febre amarela), como se locomover no país, entre outras informações úteis.
*Foto de capa do post: Vista aérea do Mukul Resort – Guacalito de la Isla – Nicarágua
Créditos: divulgação do hotel
Sobre o lugar
A Nicarágua, o maior país da América Central, faz fronteira por terra com a Costa Rica e com Honduras, e tem uma população de 6 milhões de habitantes (a Guatemala, apesar de ser um pouco menor em território, tem 16 milhões). A capital é Managua, que concentra 2.2 milhões de habitantes, mas há muitas cidades interessantes espalhadas pelo país.
A Nicarágua tem uma história conturbada, marcada por guerras, conflitos, ocupações, revoluções e boicotes. Provavelmente é isso o que faz o país ser relacionado a um lugar perigoso.
*** RESUMINHO DA HISTÓRIA PRA VOCÊS ENTENDEREM MELHOR *** 🙂
Desde que se tornou independente da Espanha, em 1838, a Nicarágua passou por ditaduras e intervenções estrangeiras que, claro, dificultaram sua estabilidade econômica (alcançada agora, nos últimos tempos). Quando o país passou a ser governado por liberais, em 1893, os Estados Unidos interviram militarmente, colocando os conservadores de volta ao poder e ocupando o país de 1912 a 1933. Os Estados Unidos tinham plano de construir um canal na Nicarágua (mas acabaram construindo no Panamá).
Um cara chamado Augusto César Sandino apareceu para lutar contra a ocupação americana e, ao conseguir, o presidente do país daquele tempo, Sacasa, assinou um acordo para depor todas as armas (ficou sem exército e sem influência política). Isso facilitou a ascensão de Anastásio Somoza, que assassinou Sandino e derrubou Sacasa. E nasce assim a DITADURA DA FAMÍLIA SOMOZA, que ficou no poder de 1936 a 1979.
Durante a Ditadura Somoza, o país só afundou, já que tudo o que os governantes faziam era se apossar dos recursos do país. Compraram absolutamente tudo, como se toda a terra nicaraguense, pública, estivesse a venda e a preço de banana… Até o dinheiro enviado por outros países para ajudar em catástrofes naturais era embolsado por eles.
Em 1961 surge a FSLN, uma guerrilha para lutar contra a ditadura, que ganhou apoio de intelectuais e classe média e conseguiu derrubar Somoza. Os bens da família foram desapropriados e devolvidos ao Estado. Quem assumiu a liderança do país foi o “guerrilheiro” Daniel Ortega. Os Estados Unidos não gostaram nada (claro… Ainda mais em épocas de Guerra Fria) e suspenderam a ajuda econômica, boicotaram o país e ainda financiaram guerrilheiros contra-revolucionários para atacar o líder a partir de Honduras (e esse filme de Estados Unidos financiando guerrilheiro em outros países continua passando, né?!). Na eleição, Daniel Ortega perdeu, e o país passou vários anos com outros governantes (revezando entre liberais e conservadores).
Mas em 2006, Daniel Ortega e seu partido FSLN ganham as eleições e voltam ao poder (com a promessa de melhorar a vida da população) e de lá não saíram até hoje (na verdade, como Daniel Ortega já teve dois mandatos, agora quem é presidente é a sua esposa, Rosario Murillo).
*Atenção: história resumida por mim, de acordo com leituras, apenas para que entendam melhor o contexto e a atual situação do país. Não tenho conhecimento profundo sobre o assunto.
*** CLIMA – Quando ir? ***
Como em toda a América Central, faz calor o ano todo (e na Nicarágua faz MUITOOOOOOOO – palavras de uma cuiabana que mora no quentíssimo Panamá e ainda assim morreu de calor na viagem), e as estações se diferenciam em “seca” ou “chuvosa”. O período seco vai de novembro a abril. Como eu não gosto de conhecer lugares com chuva, ainda mais um que é cheio de praias, julgo essa ser a melhor época para visitar a Nicarágua. Fui em abril e peguei dias lindos.
*** ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL ***
Eu nunca viajo sem seguro de saúde internacional. Sempre faço o meu pela REAL Seguros e recentemente precisei usar e fui super bem atendida. Clique aqui para fazer uma cotação. Após compra online, a apólice chega por email em minutos.
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Como chegar / Onde ficar
*** VÔOS ***
O jeito mais fácil de chegar na Nicarágua é voando com a Copa Airlines e fazendo uma conexão na Cidade do Panamá. Outra maneira é ir de Avianca, parando em Bogotá e em El Salvador. Os vôos internacionais chegam no aeroporto de Managua, capital.
*** DOCUMENTOS NECESSÁRIOS ***
Brasileiros não precisam de visto para entrar na Nicarágua, apenas passaporte válido e VACINA CONTRA FEBRE AMARELA, marcada no Certificado Internacional. Atenção! A Nicarágua foi, de todos os países que já visitei, o mais rigoroso em relação à vacina. A checagem já era na saída do avião e tinha até médicos/enfermeiros (estavam de jaleco branco! rs) solicitando o documento.
*** COMO SE LOCOMOVER NA NICARÁGUA ***
Como a Nicarágua é um país bem seguro, acho interessante alugar um carro para explorar o destino. Eu sempre alugo pelo site da RentalCars e funciona perfeitamente. Ao alugar por este link, eu ganho uma pequena comissão (você não paga nada a mais por isso).
Outra maneira é contratar transfers para buscar no aeroporto e para fazer os passeios. Você pode solicitar ao próprio hotel (foi o que fiz) ou reservar pelo Viator.
Para certos destinos dentro do país, há vôos domésticos da cia aérea La Costeña. Por exemplo, para quem quer chegar mais perto do Mukul Resort (e não ir de carro, aprox. 2h30), há, ao lado do hotel, o aeroporto de Costa Esmeralda que recebe vôos domésticos e privados. Para quem deseja conhecer também as Corn Islands, do lado do Caribe, há um aeroporto na ilha principal que recebe vôos da La Costeña.
*** HOTÉIS ***
- Mukul Beach, Golf & Spa (Guacalito de La Isla / Costa Esmeralda)
Autenticidade é uma boa palavra para TENTAR resumir a experiência no Mukul, um hotel de luxo inaugurado em 2013 na Costa Esmeralda, uma região cheia de praias lindas no Pacífico Sul da Nicarágua. Só o hotel conta com 6km de praias particulares, entre calminhas e ideais para surfar (uma delas, a Manzanillo, tem uma onda que se quebra de esquerda que os surfistas amam, e também é uma praia ideal para aprender a surfar – eu fiz aula lá e adorei! O hotel conta com uma escola de surf australiana chamada TropicSurf).
Quando você lê sobre a SUPER infraestrutura do hotel (duas piscinas lindas na área comum, quilômetros de praia, restaurantes, bares, campo de golf com 18 buracos, beach club, kids club, escola de surf, barcos para pescaria e passeios na região, concierge, academia, aulas de yoga e um fabuloso Spa) você até pensa que se trata de um resort gigantesco, desses para um montão de hóspedes. Que nada! Trata-se de uma propriedade muito exclusiva, com apenas 37 suítes. TODAS contam com piscina privativa.
Você pode escolher se hospedar em um dos BOHIOS, que ficam no alto da colina, oferecendo vistas espetaculares, ou em uma das espaçosas BEACH VILLAS, que podem ter um ou dois quartos. Algumas estão de frente para o mar. Para grupos maiores, há a opção da Casona Don Carlos, que é a acomodação particular da família Pellas (dona do Mukul e de vários outros negócios na Nicarágua). São 2 mil metros quadrados divididos em 6 suítes. A Suíte Doña Vivian, de 720m2, pode ser alugada separadamente e também é espetacular. Destaque para a piscina linda que tem vista para o mar.
O Spa do Mukul é algo surreal. Sério! Vocês sabem que eu viajo muito e já me hospedei em muitos hotéis incríveis ao redor do mundo, mas nunca vi um Spa como esse. Nada de salinhas de tratamento apertadas… São 6 TEMPLOS com temáticas diferentes, e as terapias estão relacionadas a esses temas (ex.: Santuário Ancestral, que resgata ingredientes utilizados pelos povos nativos da Nicarágua, como argila vulcânica, plantas, ervas, açúcar e sal marinho). E todas as salas tem uma área externa com piscina, para relaxar e complementar o tratamento.
E voltando à palavra “autenticidade”, a escolhi porque o Mukul é um hotel “NICA” de verdade. Tem personalidade própria. Cada item colocado ali tem um porquê, uma história, um significado na cultura local. Seja pelos azulejos coloridos, fabricados na cidade colonial de Granada, os grandes troncos de madeira que sustentam a palapa principal, trazidos do norte do país, onde aconteceu um forte terremoto em 92, ou pelos pequenos mimos colocados nos quartos (rum Flor de Caña, quitutes típicos, enfeitinhos feitos de cerâmica para o hóspede levar de lembrança), entre outros itens. 90% dos funcionários do Mukul são nicaraguenses, gente treinada pelo próprio hotel, que hoje está pronta para oferecer um serviço de altíssima qualidade. Algo que demonstra o enorme valor dado à comunidade local.
O hotel pode organizar diversos passeios de um dia, como visita a vilarejos próximos, vulcões, cidades coloniais, entre outras experiências.
Reserve aqui sua estadia no Mukul Resort.
::: Leia também o review completo do Mukul.
Outros hotéis na Nicarágua (destinos além da Costa Esmeralda):
- Managua (pertinho do aeroporto): Best Western Las Mercedes
- Granada (cidade histórica): Hotel Dario e Hotel Plaza Colon
- Las Isletas de Granada (Lago Nicarágua): Jicaro Island EcoLodge
- Isla Ometepe (Vulcões Concepción e Maderas – Lago Nicarágua): Totoco EcoLodge
- Corn Islands: Yemaya Island Hideaway & Spa
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Comes e Bebes
Come-se muito bem na Nicarágua. Achei a comida típica um pouco pesada, mas muito saborosa. Para os que querem prová-la, os ingredientes mais utilizados são: mandioca (yuca), que pode ser cozida ou frita, banana (plátano), milho (maíz) e carne de vaca e de porco (come-se muito chicharrones – o torresmo local).
Os pratos destaques da cozinha nicaraguense, para mim, são: gallo pinto (arroz branco com feijão, misturado), nacatamales (parece uma pamonha, mas é uma “trouxinha” de folha de bananeira, recheada com uma massa a base de milho, carne, vegetais e arroz – há variações), rosquillas (um biscoitinho de queijo, gostoso pra tomar com café), quesillos (uma tortilla de queijo com cebola) e carne en baho (também escrito “vaho”, consiste em carne de vaca, plátano maduro e verde, mandioca, cebola e outros vegetais, cozidos em uma cama de folha de bananeira).
Em relação às bebidas, o primeiro item a ser destacado é o RUM Flor de Caña, tomado puro ou em coquetéis (adorei o “macualito”, feito com limão, laranja, goiaba, entre outras frutas). Outras duas das bebidas mais típicas são chamadas de Cacao Tiste (feita com pó de cacau, água/gelo, milho assado, cravo e açúcar) e Chicha de Maíz (feita com milho, água, açúcar e framboesa). Destaque para cerveja local TOÑA, que é super leve e refrescante!
Onde comer bem na Nicarágua:
- Cafe Espressonista (Granada)
Endereço: Calle Real Xalteva, 609
O Espressonista surgiu para ser apenas uma cafeteria (devido à qualidade dos grãos nicaraguenses). Mas durante o processo de ir atrás desses produtores de café, os donos se depararam também com excelentes produtores de queijos, embutidos, legumes, verduras, carnes, cervejas artesanais etc. e então decidiram criar também um menu de comida, para levar aos clientes a melhor e a mais fresca culinária nicaraguense e internacional, preparada apenas com ingredientes locais.
Localizado na cidade histórica de Granada, em um imóvel colonial, o ambiente interno é vintage, com ares descolados. Recomendado pela Condé Nast Traveler e pelo New York Times. Sugiro reservar pelo site. Aberto do meio-dia às 21h de quarta-feira a domingo. Aos domingos, serve brunch.
fotos: divulgação
- El Zaguán (Granada)
Endereço: Av. La Sirena X Calle La Calzada (atrás da Catedral)
Considerado o melhor restaurante de Granada para comer carnes. E realmente o “churrasco” estava delicioso. Aproveite para pedir madioca, banana e gallo pinto de acompanhamento. Também localizado em um imóvel colonial, o ambiente é agradável, com mesas ao ar-livre (e também cobertas, em caso de muito sol).
- La Terraza – Mukul Resort (Guacalito de La Isla / Costa Esmeralda)
Esse é o restaurante principal do hotel que me hospedei, Mukul. Espaço agradável e informal, com vista para a Praia de Manzanillo. Aberto no café da manhã, almoço e jantar, inclusive para não-hóspedes. A localização é muito próxima de San Juan del Sur, ou seja, dá para conhecer o vilarejo e comer no Mukul no mesmo dia. No menu, pratos variados, mas tudo com um toque muito “nica”, preparado com ingredientes locais, como peixes trazidos pelos pescadores dos vilarejos vizinhos e carne bovina orgânica nicaraguense. A lasanha de beringela e a carne com crosta de chorizo estavam divinas! Reserve pelo site.
- Tres Ceibas – Beach Club do Mukul Resort (Guacalito de La Isla / Costa Esmeralda)
Na mesma praia do Mukul Resort, Manzanillo, está o beach club onde fica o Tres Ceibas. O menu é composto por pratos menos sofisticados, como pizzas (deliciosas!!), burgers e ceviches. O nome “Ceiba” não foi escolhido por acaso. O bar/restaurante, em formato circular, está construído em volta de uma enorme árvore Ceiba (paineira).
- La Mesa – Mukul Resort (Guacalito de La Isla / Costa Esmeralda)
O La Mesa é o restaurante mais formal e elegante do Mukul. Aberto apenas no jantar, mediante reserva, apresenta um menu degustação harmonizado com vinhos, com 5, 6 ou 7 pratos. O ambiente é acolhedor e te faz sentir na sala de jantar de uma casa de família tradicional nicaraguense, com pisos de azulejos originais de Granada, lustres de cordas e fotografias da família Pellas (dona do Mukul e de vários negócios centenários do país). Reserve com antecedência pelo site.
- Restaurante El Timón (San Juan del Sur)
Restaurante simples, que se assemelha a uma “barraca de praia” brasileira, quase pé-na-areia. No menu, principalmente peixes e frutos do mar. Porções grandes.
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O que fazer / Roteiros
Claro que depende dos seus interesses, mas para quem, como eu, quer ter um “panorama da Nicarágua” e conhecer destinos chave, recomendo ficar pelo menos uma semana no país.
O que conhecer/fazer:
- Vulcão Masaya
Fiquei completamente arrepiada nesse lugar. Quando se fala em visitar vulcões ativos, normalmente não se vai tão perto da cratera ou é preciso uma baita caminhada (e íngreme) para chegar. No caso do Masaya, se chega DIRIGINDO! Ao sair do carro, muita fumaça (difícil não tossir – por isso é recomendado permanecer na área apenas por 15 minutos) e um barulho diferente, impressionante… De lava borbulhando! Pude ver apenas um pouquinho do alaranjado porque fui de dia, mas para os que vão a noite, o espetáculo deve ser ainda mais UAU.
Está a apenas 30km (50min de carro) do aeroporto internacional de Managua. Uma parada OBRIGATÓRIA na sua ida a Nicarágua. Visitas durante o dia (9h – 16h30) custam cerca de R$10,00 (100 córdobas) e durante a noite (17h30 – 19h30) custam cerca de R$30,00 por pessoa.
- Cidade histórica de Granada
Fundada em 1524, Granada foi a primeira cidade “européia” construída no Novo Mundo. É famosa por seus edifícios históricos, construídos com influências arquitetônicas moura e andaluza, e por estar próxima ao gigantesco Lago Nicarágua. Tem uma população de aproximadamente 120 mil habitantes. Caminhar por suas ruas e praças é uma delícia. Não deixe de visitar a Catedral (o interior não é bonito, mas vale subir nas torres para ter uma bela vista), o Parque Central (também chamado de Plaza de La Catedral) e de passear pela Calle La Calzada, só para pedestres e cheia de restaurantes/bares bacanas e animados (mais animado a noite). Coma ou tome um café em um dos restaurantes que indiquei acima, em “Comes & Bebes”.
Recomendo dar uma olhadinha no artesanato local, vendido em lojinhas ou mesmo nas ruas. Tudo muito lindo. Me apaixonei pelas sandálias da foto abaixo. E o melhor, tudo muito barato!
- Las Isletas de Granada (boat tour)
Esse tour de barco parte de Granada mesmo, pois a cidade está praticamente na margem do Lago Nicarágua. As Isletas são um grupo de mais de 365 pequenas ilhas no Lago, formadas há mais de 20.000 anos por uma erupção vulcânica. Há ilhas com habitantes, com lojinhas, restaurantes, hotéis e outras privadas, que funcionam como casas de veraneio de famílias locais.
- Praias
Claro que um país banhado pelo Oceano Pacífico de um lado e o Mar do Caribe do outro teria muitas praias lindas. Apesar do destino ser muito famoso mundialmente pelas praias perfeitas para o surf, há várias praias calmas e sem ondas também, para todos os gostos. A melhor infraestrutura está do lado do Pacífico SUL.
As praias consideradas as melhores para surfar são: Playa Maderas e Playa Popoyo. Uma das praias do Mukul Resort, a Playa Manzanillo, também é ótima, inclusive para quem está aprendendo.
A praia de San Juan del Sur, um vilarejo de pescadores, é calminha, assim como a Playa Guacalito (que também está na área do Mukul).
Do outro lado do país, no Mar do Caribe, existe um grupo de ilhas chamado Corn Islands, que tem mar azul turquesa e calminho (típicos dessa região de Caribe mesmo). É preciso chegar de avião até Big Corn Island (ou Isla Grande del Maíz, em espanhol). Para os que vão se hospedar em Little Corn Island (ou Isla Pequeña del Maíz), como sugiro em onde ficar (Hotel Yemaya), é preciso ir de barco partindo da ilha maior.
- Aulas de surf
Uma das atividades mais interessantes a se fazer na Nicarágua, caso você não seja ainda um surfista. Foi a primeira vez que “surfei” (na verdade tentei… Mas até consegui ficar de pé na prancha todas as vezes!! eee) e A-D-O-R-E-I. Claro que o profissionalismo da escola e a paciência do professor colaboraram para que minha experiência fosse tão positiva. Fiz 1h de aula na TropicSurf, uma franquia australiana muito bem avaliada, com escolas em todo o mundo, que fica dentro do Mukul Resort. US$165/hora aula, incluindo prancha. Para alugar apenas a prancha, custa US$65/dia.
- San Juan del Sur & passeio de barco
O vilarejo de pescadores é uma ótima opção de passeio de algumas horinhas. A praia em si não é liiinda, mas o legal é a atmosfera rústica e relaxada, com suas casinhas (hotéis, restaurantes, residências) coloridas. Há uma feirinha de artesanato com produtos bem legais. Suba no mirante do Cristo de La Misericórdia para ter uma vista LINDA da baía.
Chegamos a San Juan del Sur de barco, em um passeio muito bonito que partiu do nosso hotel, Mukul. No meio do caminho, além das paisagens, rolou até pescaria! O barco em que estávamos era todo preparado, e no final, saiu até sushi com o que pescamos. Recomendo a Pastora Tours (quem nos indicou foi o próprio hotel, mas eles também têm barcos próprios e fazem esses passeios).
- Isla Omepete (Lago Nicarágua)
Essa ilha é formada por dois vulcões (Concepción e Maderas) que estão simplesmente no meio do Lago Nicarágua. Vi esse lugar do avião, quando estava indo para a Guatemala, e já achei fantástico. A ilha foi classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO e tem praias de areia e florestas. Um paraíso para fazer trilhas, escaladas, nadar, SUP, caiaque, cavalgadas…
Alguns vão apenas passar o dia na ilha (dá para fazer por conta própria, indo até San Jorge, de onde se pega o ferry boat de 40 min até Ometepe, ou dá para contratar um tour, que já inclui a visita a alguns pontos interessantes da ilha). Para quem deseja dormir um dia na ilha, ouvi boas recomendações do Totoco EcoLodge.
- Canopy Vulcão Mombacho
O Vulcão Mombacho está a apenas 18km da cidade de Granada e a 90km do Mukul, sendo assim possível fazer um day-tour para esses lugares. O Mombacho é um vulcão ativo que não entra em erupção desde o século 16, então é senso comum de que o local é seguro para praticar atividades como caminhadas e canopy (tirolesa). Lá de cima se tem uma bela vista do Lago Nicarágua, de suas Isletas e da vegetação. O vulcão faz parte de uma Reserva Natural e há três trilhas demarcadas bem legais (veja aqui).
- Sand boarding vulcão Cerro Negro
Na verdade, o nome dessa atividade deveria ser “ash” boarding, porque se faz nas cinzas do vulcão e não na areia! rs. O Vulcão Cerro Negro já fica bem mais ao norte, próximo à cidade histórica de León e Malpaisillo. O vulcão tem apenas 500m de altura e caminhar até o topo leva em torno de 1 hora, mas já promete super vistas. Você pode escolher se desce com uma prancha + roupas apropriadas (a velocidade pode chegar a 60km/h!!) ou a pé mesmo. O Mukul oferece esse tour aos hóspedes. Veja outras opções aqui.
Veja no mapa abaixo tudo o que foi citado aqui no post, pra você se localizar:
Viu só o quanto de coisa incrível tem para fazer na Nicarágua? Espero que tenha se empolgado com o país assim como eu. Confesso que essa viagem não estava na minha bucket list, mas hoje sei que era por pura falta de conhecimento. Não imaginava que era um destino tão bacana!! Que bom que eu fui! Uma ótima (e inesperada) experiência, daquelas que deixam a gente com vontade de voltar.
Leia também:
::: Praias de Uvita, na Costa Rica
::: Vulcão Arenal, Costa Rica
::: Lago de Atitlán, na Guatemala – belezas naturais e culturais
::: Dicas de Antigua Guatemala – cidade histórica e vulcões
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