Encontre aqui nesse post dicas do Douro (ou Vale do Rio Douro), maravilhosa região de vinícolas próxima à cidade do Porto (onde são cultivadas as uvas do famoso Vinho do Porto), em Portugal. Dicas de hotéis no Douro, os melhores restaurantes e as vinícolas imperdíveis (são tantas! Quais visitar?).
Um pouco também sobre o clima, a melhor época para ir ao Douro, como chegar, como se locomover, a estrada de Porto até o Douro e o caminho de uma vinícola a outra (beirando o Rio Douro – LINDO!!!), mapas e muito mais!
Espero que gostem das dicas abaixo! 🙂
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/// SOBRE O DOURO
UAU! UAU! UAU! Que lugar lindo!!! Já viajei para muitos destinos de vinícolas (África do Sul, Mendoza, Nova Zelândia, Chile, Napa Valley…) e nunca vi uma paisagem tão BONITA. Não estou falando da qualidade dos vinhos (que é ótima) ou beleza das vinícolas… Estou falando da paisagem mesmo. O rio, o vale, o verde… Bem UAU!
Muitos fazem apenas um day-tour à região do Vale do Rio Douro quando estão em Porto (são apenas 130km – 1h30 de carro), mas eu recomendo fortemente que você se hospede por lá por 2 noites (se você tiver 1 só, que seja… Melhor do que não ficar nenhuma!! Já dá para aproveitar.).
Visite vinícolas (chamadas de quintas) tranquilamente… Curta seu hotel (nós ficamos no Six Senses Douro Valley, mas há muitas opções charmosas por lá – veja abaixo)… Coma em restaurantes deliciosos… Beba os melhores vinhos… Dá até para fazer passeio de barco e de trem! Demais!
A foz do Rio Douro está na cidade do Porto e Vila Nova de Gaia, mas é em sua parte central (no meio de Portugal) que estão as vinícolas, literalmente “encaixadas” nos terraços à sua margem. São 44 mil hectares de videiras plantadas. Um local classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
/// COMO CHEGAR NO VALE DO DOURO
e COMO SE LOCOMOVER NA REGIÃO
[CARRO]
O melhor jeito de chegar no Vale do Douro é de carro. São apenas 130km (aproximadamente 1h30 de viagem) do Porto. A estrada é ótima e quando se está chegando no destino, as paisagens ficam lindíssimas!
Se você está vindo de Lisboa, a viagem dura em torno de 4h.
O melhor jeito de se locomover no Douro também é de carro alugado. A região é enorme e as vinícolas ficam bem espalhadas. Eu sempre alugo pela RentalCars. Faço a reserva pelo site e retiro o carro no destino.
DICA IMPORTANTE: alugue o carro com o VIA VERDE, um dispositivo de cobrança automática de pedágio. É simplesmente impossível dirigir nas estradas de Portugal sem isso, pois há vários pedágios sem cabine.
*Se você aluga por este link, eu ganho uma pequena comissão (você não paga nada a mais). Obrigada!
[TREM / COMBOIO]
Também é possível chegar ao Douro de trem (em Portugal se diz “comboio”), partindo da Estação São Bento, no Porto, e indo até Régua (linha Porto/Régua – Pocinho). Veja horários aqui. Mais informações: Comboios de Portugal.
Quando já estiver no Douro, há uma sugestão de passeio de trem interessante: entre junho e outubro circula pelo Douro (entre Peso da Régua e Tua) um comboio histórico com aproximadamente 1h10 de duração. Um percurso à beira do Rio Douro, de locomotiva a vapor. Saiba mais aqui.
[BARCO]
Um dos jeitos mais lindos, afinal a grande estrela da região é o RIO. Ir do Porto (onde o Rio Douro termina) até a região central, cercado de terraços de vinho, deve ser o máximo. Não experimentei, mas fiquei com vontade. Você pode usar o barco de transporte mesmo ou apenas para um passeio tranquilo de 1 dia (veja aqui).
Alguns hotéis podem organizar transfer para te buscar na estação de trem ou no cais. Fale com o seu!
* Importante: mesmo que você chegue ao Douro de trem ou de barco, o carro alugado é imprescindível. As vinícolas e restaurantes são espalhados, as vistas são lindas… Curtir tudo no seu tempo é o melhor a se fazer no Douro!
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/// HOTÉIS NO DOURO – Onde se hospedar?
Se você vai ao Douro para visitar as vinícolas (ou, como se diz em Portugal, as QUINTAS), é importante estar bem localizado, porque as distâncias são grandes. Dependendo do lugar que se hospedar, você pode levar quase 2h para chegar a uma vinícola ou restaurante (e lembrando que não dá para dirigir alcoolizado! rs). Mas se você vai apenas para descansar, escolha seu hotel pela paisagem! 🙂
As regiões mais centrais para se hospedar são nos arredores das cidades Peso da Régua (mais cidadão – quando cheguei fiz “fué!!!”. Não tinha a cara do que seria o Douro Valley pra mim), Lamego e Pinhão. Há ótimas quintas por ali (todas que visitei).
Esse hotel é TUDO DE BOM. Porque além de ser SURREAL (um dos melhores hotéis que já me hospedei na vida – principalmente por causa do SERVIÇO), ele ainda é MUITO BEM LOCALIZADO (em Lamego, pertinho de Peso da Régua. Fácil e rápido de chegar nas principais vinícolas do Douro).
Acho que a única coisa que falta no hotel é uma “vista”. Ele fica nas margens do Rio Douro, só que na parte baixa. Mas não dá pra ter tudo, né?! rs 😀 Por isso visitamos vinícolas com lindas vistas do alto!
Sempre tive vontade de me hospedar em um Six Senses. Pra quem não conhece, é uma rede de hotéis de luxo (muitas propriedades na Ásia, mas também presente em vários continentes) super engajada na conservação do meio ambiente (quase não há nada de plástico nos hotéis) e no apoio às comunidades locais. Estão sempre localizados em lugares fabulosos, que podem ser territórios virgens e remotos ou classificados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO (que é o caso do Douro). Essa foi minha primeira experiência e atendeu às minhas expectativas.
Além do serviço impecável, a gastronomia é excelente (não deixe de jantar um dia no hotel), toda a decoração foi pensada nos mínimos detalhes e as duas piscinas (ao ar livre e interna) são lindas. O SPA é um dos pontos altos da estadia.
O hotel está instalado em uma quinta do século 19 completamente renovada.
É um hotel caro, mas é um sonho, juro! Valeu o que pagamos por 2 noites. Clique aqui para reservar.
Charmosíssimo e também com excelente localização. Fica ao lado do Six Senses (só que com diárias mais acessíveis que o vizinho), em uma das melhores vinícolas da região. Parte dos quartos estão em uma charmosa casa do século 18, restaurada, e outra parte são barricas, que acabaram de inaugurar. Deve ser muito legal se hospedar dentro de uma barrica de vinho! 🙂
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Esse hotel também é muito bem localizado (próximo a várias quintas lindas, inclusive é DENTRO de uma das mais legais), só que para chegar há uma estrada sinuosa. Achei um charme! Pequenininho e com uma piscina de borda infinita UAU. A vista também é espetacular. Hotel que transmite uma calma sem igual!
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::: Se quiser pesquisar opções mais econômicas de hotel nessa região, clique: hotéis em Peso da Régua, hotéis em Lamego e hotéis em Pinhão.
HOTÉIS MAIS AFASTADOS, PORÉM LINDOS – PARA DESCANSAR
Esse hotel faz parte do grupo da Quinta do Vallado, mas tem um conceito completamente diferente. Muito aconchegante, contemporâneo, novinho, piscina com vista belíssima do Rio Douro e tudo mais. Amei! É um hotel isolado, em Vila Nova de Foz Côa, já quase na fronteira com a Espanha. Um lugar para curtir o visual, relaxar… Conhecer o Douro em seu “estado mais puro” (pouco explorado).
Se quiser visitar várias vinícolas, realmente você vai ficar um tempo em estrada, mas a ideia é justamente curtir o local. O restaurante também é bem avaliado, com ingredientes cultivados na própria horta. Ótimo custo-benefício.
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Esse hotel também fica super fora de mão para quem deseja explorar as quintas do Douro, mas vale a pena caso você queira descansar um dia na sua piscina de borda infinita, com vista para o Rio e em seu SPA. Bom custo-benefício.
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/// VINÍCOLAS e RESTAURANTES
Muita gente faz confusão em relação aos vinhos do Douro. Como é lá que são cultivadas as uvas do Vinho do Porto, muitos pensam que só tem Vinho do Porto por lá. Um engano, há vinhos tintos, brancos e até rosés maravilhosos. Eu nem amo vinho do porto e me apaixonei pelos vinhos de mesa do Douro! As uvas mais famosas são Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Mas Portugal possui mais de 250 espécies de uvas nativas!
Escolhi conhecer essa vinícola porque é uma das mais “altas”, a 550m de altitude, com uma vista linda do vale. Ela também é também pioneira na região, sendo a mais antiga de todas (de 1759). O nome da empresa é Real Companhia Velha.
Fizemos uma visita guiada à Quinta das Carvalhas que custou 35€ por pessoa (reserve por email turismorealcompanhiavelha@gmail.com ou por telefone 254 738 050). Achei bacana porque éramos apenas nós (eu, Ricardo e o bebê), mais um casal e o guia, em uma camionete da vinícola. Bem privativo, atencioso… Um wine tour tranquilo (duração total de 1h30), para entender das uvas cultivadas ali, da história, dos melhores vinhos e para apreciar a vista UAU com muita calma. No final, fizemos a degustação (3 vinhos, acompanhados de queijos e embutidos).
No final do tour, chegamos até o topo da montanha, onde está a Casa Redonda, com vista 360º. Infelizmente, a casa é reservada a celebrações particulares, mas há um projeto de construir um hotel no lugar. Seria fantástico. Na propriedade, há uma casa com uma super piscina de borda infinita, mas que também está reservada para eventos (fuééé).
O vinho estrela dessa quinta é o Carvalhas Vinhas Velhas (tinto).
- Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo
[Restaurante Conceitus]
Vinícola belíssima para fazer uma visita guiada (verifique horários no site), que passa pela adega, datada de 1764, pelo Atelier do Vinho, sala de barricas e a garrafeira subterrânea, onde envelhecem os melhores lotes selecionados pela família dona da Quinta. Também é possível fazer degustações.
Há também 3 trilhas na Quinta Nova. Pode ser uma boa para fazer uma visita a pé pela propriedade.
Nós conhecemos essa Quinta quando fomos almoçar no restaurante Conceitus, com menu degustação (que muda a cada dia), por 46€ por pessoa. Estava bem gostoso, mas valeu a pena mesmo pelo ambiente agradável. Como o clima estava ótimo, sentamos na parte externa. Reserve pelo email quintanova@amorim.com.
O lugar é lindo e é também um hotel (com piscina delícia). Recomendei acima!
Fizemos um roteiro mais tranquilo, afinal estávamos com o bebê (duas visitas já foi o suficiente!!) e também queríamos aproveitar o hotel Six Senses para descansar. Mas com duas noites no Douro, daria para visitar várias outras quintas! 🙂
SIMPLESMENTE IMPERDÍVEL. Este restaurante, do Chef Rui Paula (um chef português bem famoso, que também comanda o DOP, no Porto), traz em seu menu pratos modernos, criativos e também tradicionais, utilizando muito dos ingredientes locais e também peixes da costa portuguesa.
Eu pedi um cordeiro com couscous e molho romesco (34€) e o Ricardo pediu um bacalhau com broa de milho (31€). Ambos estavam divinos! De sobremesa fomos de créme brulée de laranja com sorvete de flor de laranjeira. Hum…
O lugar é lindo, perfeito para almoçar ou jantar. Se o tempo permitir, reserve uma mesa na área externa, sobre o Rio Douro.
Para reservar, ligue para +351 254 858 123 / +351 910 014 040 ou escreva para doc@ruipaula.com.
- Restaurante Vale de Abraão (Six Senses)
Esse é o restaurante principal do hotel que nos hospedamos, Six Senses, e está aberto durante todo o dia. Recomendo fazer uma refeição no local mesmo se não estiver hospedado lá. São 3 ambientes, Dining Room, Open Kitchen e Terraço, mas o terraço é o mais aconchegante (a noite, fica todo iluminado, com mesinhas em volta da fonte).
A bochecha de porco e o franguito assado com especiarias (ambos 38€) estavam uma delícia. Reserve ligando para +351 254 660 600.
Outras vinícolas (quintas) que também me recomendaram conhecer:
- Quinta do Crasto – foi a minha primeira opção, mas o almoço + visita já não tinha disponibilidade mesmo tentando reservar com 1 MÊS de antecedência. Tem vista e piscina maravilhosas!
- Quinta do Bonfim – bem em frente a Quinta das Carvalhas. Dá para reservar piquenique com antecedência!! Lindo!! E também é um lugar gostoso para caminhadas. Visitas e wine tastings também precisam de reserva: quintadobomfim@symington.com.
- Quinta da Pacheca – uma das mais visitadas no Douro, fica bem central, em Peso da Régua. Seu restaurante é muuuuito bem falado. Infelizmente não conseguimos mesa.
/// CLIMA – Melhor época para ir para o Douro
Fomos no final de setembro / começo de outubro e foi PERFEITO. As parreiras estavam carregadas de uvas, tudo verdinho… Paisagem lindíssima! E o clima também estava gostoso, pois não fazia aquele calor extremo do verão e ainda não estava frio, para poder curtir piscina e refeições na área externa.
No geral, a melhor época para visitar o Douro vai de maio a outubro (esteja ciente de que nos meses de julho e agosto as paisagens também são lindas e verdinhas, mas faz muuuito calor, e no inverno, de dezembro a março, ainda dá para aproveitar, mas faz bastante frio. Inclusive, pode até nevar).
Uma experiência que eu mooooorro de vontade de viver e que perdi dessa vez foi a COLHEITA. Fomos justamente na época da vindima (setembro/outubro) mas não reservamos nada. Algumas quintas permitem que você até ajude no ritual de esmagar as uvas com os pés!!
/// SEGURO DE SAÚDE OBRIGATÓRIO
Brasileiros não precisam de visto para entrar em Portugal (e União Européia), apenas passaporte válido E o Certificado Schengen (seguro de saúde obrigatório, com cobertura mínima de 30.000 euros).
Recomendo fazer o seu seguro de saúde internacional pela REAL Seguros, que compara preço e cobertura das melhores seguradoras. Já precisei usar e fui super bem atendida (na época, fiz o AC35). Clique aqui para fazer uma cotação. Após compra online, a apólice chega por email em minutos.
Veja no mapa abaixo a localização de tudo o que foi citado aqui no post:
E aí, o que achou do Douro? Não é liiiindo? Eu amei a região. Foi o que mais gostei em Portugal, juntamente com o Algarve (praias no sul do país).
Clique aqui para assistir à toda a nossa viagem, que foi publicada em tempo real no meu Instagram Stories.
Vai viajar para Portugal? Não deixe de ler os outros posts sobre o destino:
- Roteiro completo de viagem para Portugal
- Dicas da cidade do Porto
- Dicas de Lisboa
- Dicas de Óbidos e Aveiro
- Dicas do Algarve (PRAIAS!!!)
- Hotel Review – The Yeatman (Porto)
- Hotel Review – Infante Sagres (Porto)
Gosta de ENOTURISMO? Então leia também:
- Stellenbosch e Franschhoek – África do Sul
- Viña Vik – Chile
- Sonoma e Napa Valley – Califórnia – Estados Unidos
- Waiheke Island – Nova Zelândia
- Mendoza – Argentina
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Beijos,
Lala Rebelo
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