Tenho vários outros posts na “fila” para serem escritos antes desse, mas não aguentei. Precisava compartilhar com vocês LOGO a incrível experiência de explorar o Arquipélago de San Blas a bordo de um veleiro. Que momentos MARAVILHOOOOSOS! Mal pisei em terras firmes, e aqui estou eu, “blogando”.
Que eu tenho um amor enorme por essas ilhas, não é novidade para ninguém, né? (sou mega repetitiva com o assunto! hehe). Já fui mais de 20 vezes para San Blas (confiram as fotos no instagram com a tag #LalaEmSanBlas) e tenho outros dois posts aqui no blog relatando minhas experiências anteriores (sempre com hospedagem em CABANAS ou apenas bate-volta de 1 dia). São os posts mais acessados do blog.
Clique para ler:
- Guia de San Blas (dicas atualizadas / “perguntas & respostas” / ilhas e turquesômetro)
- Arquipélago de San Blas (dicas gerais / introdução a cultura Kuna Yala / como chegar com seu próprio carro – passo a passo do caminho)
Hoje venho aqui contar como é viver este arquipélago a bordo de um veleiro. Pensava que já tinha me encantado o máximo possível com San Blas, mas NÃO. Essa minha última ida superou TODAS as experiências anteriores e qualquer expectativa.
San Blas em VELEIRO – Panamá from Lala Rebelo on Vimeo.
O barco que nos recebeu em San Blas na primeira vez foi o Lycka, um veleiro de 40 pés que conta com 2 cabines (quartos), sendo perfeito para 4-5 pessoas (2 ou 3 turistas + o capitão e marinheira). Mas é possível acomodar até 7 pessoas no total, pois os sofás da cozinha também podem virar camas (apertadinho, melhor ir em até 3 mesmo). As refeições (todas incluídas) são feitas na mesinha da parte externa (mas tem mesa na parte interna também) e o barco possui banheiro (chuveiro e toilette, tudo com água doce). A energia é captada por meio de painéis solares e geradores eólicos (claro que tem que usar com moderação). O Lycka, que significa “alegria” em sueco, é um barco muito bonitão, com cobertura de madeira, e muito confortável.
Mas o melhor de tudo é a sua tripulação! 🙂 Lorenzo y Alejandra, capitão e marinheira, respectivamente, são um casal muito simpático e amável. Ele é espanhol (de Barcelona) e é um SUPER viajante que já deu a volta ao mundo, visitando todos os continentes, nadando e mergulhando em todos os oceanos e mares do mundo (UAU!! Pra dizer o típico “um dia chego lá!!” rsrs). Ela é venezuelana e uma cozinheira de mão cheia (hummmmm), muito conhecedora da cultura local. Um amor de pessoa.
Nós descobrimos o Lycka por meio do site Sailing Life Experience. Quem comanda esse site é a espanhola Marina, que esteve bastante tempo navegando em San Blas, mas hoje seu trabalho é te ajudar a encontrar o barco ideal pra você e seu grupo (conforme número de pessoas, orçamento, estilo de viagem etc. – como um “booking.com” de veleiros). Aliás, ela segue morando em um veleiro… Já passou por San Blas outra vez, Brasil e até Polinésia Francesa!!
Reserve através da Sailing Life Experience e informe que ficou sabendo da empresa por meio da “Lala Rebelo” (eu ganho uma pequena comissão a cada reserva. Vc não paga nada a mais por isso, mas ajuda manter o nosso blog, que é gratuito). Pode, inclusive, escrever em português, pois a Marina está estudando a língua e adorando! 🙂 Todos os barcos que aparecem nesse site são de confiança.
Site: www.sailinglifeexperience.com
E-mail: info@sailinglifeexperience.com
WhatsApp: +34 658 87 86 39
<Atualização em Novembro de 2019>
Após essa experiência no Lycka, fomos outras DUAS vezes para San Blas, experimentar outros veleiros da Sailing Life Experience e ambas experiências foram maravilhosas! Com isso, fica a dica de que a Sailing Life Experience realmente entende seu perfil e te encontra o barco ideal. Pode confiar 🙂
Os outros dois barcos que experimentamos e também amamos não estão mais em San Blas. E como o Lycka é muito procurado, bem provável que você não ache vaga. Mas não desanime, pois há CENTENAS de veleiros e catamarãs INCRÍVEIS velejando nas águas Kuna! Mais chiques, mais simples, para mais pessoas, menos, caros, baratos…
Fotos de outras experiências em veleiros em San Blas:
Se você está indo em grupo e deseja um barco beeeem espaçoso e MUITO CONFORTÁVEL, a Sailing Life Experience possui algumas opções bem bacanas, como o Outremer 55. Tem 3 cabines grandes, sala ampla, área externa mais ampla ainda (pode acolher até 10 pessoas!).
Reserve escrevendo para info@sailinglifeexperience.com ou whatsapp +34 658 87 86 39. Não esqueça de informar que ficou sabendo da empresa pela “Lala Rebelo”, pois eles me conhecem e tratam meus leitores com muito carinho! 🙂
Nas fotos: experiência a bordo de um catamarã parecido com esse que estou recomendando. O tour começou na Ilha Chicheme e terminou em Salardup (Ilha das Estrelas).
Atenção: há muuuuuuitos barcos incríveis (muito mais do que os que experimentei), com uma tripulação que normalmente tem uma história de vida MUITO incrível. Fale com a Sailing Life Experience e com certeza eles encontrarão o barco ideal pra vc e seu grupo!!! 🙂 Não esqueça de informar que ficou sabendo da empresa aqui pelo blog da Lala Rebelo. Muito obrigada!!!
Já expliquei San Blas nos mínimos detalhes aqui e aqui, mas resumindo, trata-se de um arquipélago com mais de 365 ilhas (sim… Uma para cada dia do ano!!) localizado na costa atlântica do Panamá (Mar do Caribe) absurdamente paradisíaco. São ilhotinhas dessas de desenho animado, pequenininhas, com areia branca, coqueiros e mar muito muito azul turquesa. Nos arredores dessas ilhas você irá descobrir recifes de corais com vida marinha abundante. Com essa descrição, não é difícil se apaixonar por San Blas, né?!
O nome oficial da região é Kuna Yala (San Blas é o nome que os espanhóis deram e o governo panamenho continua usando), uma comarca indígena independente (desde uma revolução em 1925), que vive de acordo com suas próprias regras, líderes, costumes, idioma e religião. Uma cultura muito interessante, que você poderá conhecer de perto (claro, se fugir das ilhas mais populares, já bem mudadas e adaptadas aos turistas). A população da comarca é de cerca de 55.000 habitantes.
Não espere encontrar ali os grandes resorts típicos do Caribe (nem mesmo pequenos hotéis ou pousadas). Os únicos que podem investir e lucrar com o turismo no local são os próprios índios Kuna. Energia elétrica e água doce são moderadas, assim como sinal de celular. Já existem ilhas mais turísticas e acessíveis, mas ainda há um montão delas completamente virgens (as mais lindas, sem dúvidas).
Em compensação à falta de infraestrutura, você poderá viver algo raro nos dias de hoje: experimentar uma natureza praticamente intocada, dormir em simples cabanas de bambu/madeira ou a bordo de um veleiro, ser despertado pelo nascer do sol e conviver com uma cultura completamente diferente da nossa.
É inevitável querer gritar aos quatro ventos a beleza que é San Blas, o lugar preferido no mundo de muita gente que vai (o meu, por exemplo) e querer convencer qualquer pessoa a ir. Mas é preciso explorar o local com cuidado, conhecê-lo com respeito e seguir as regras e costumes dos Kunas, que com esforço tentam manter suas tradições até os dias de hoje. Encante-se pelas roupas das índias, tão coloridas, e não deixe de levar para casa um painel de mola, com seus lindos bordados geométricos, feitos artesanalmente por elas.
Update 2019: Kuna Yala foi o local onde Tóquio e Rio, da série da Netflix La Casa de Papel, ficaram escondidos depois do assalto à Casa da Moeda da Espanha. PARAÍSO!
*Em alguns lugares, você encontrará o nome da região grafado como Guna Yala.
[Se você já sabe ou já leu sobre isso nos outros posts de San Blas, pule para a parte de “ilhas, rotas & atividades”, abaixo]
San Blas está a um pouco mais de 100km da Cidade do Panamá (para chegar no Panamá, há vôos diretos de Copa Airlines saindo de várias cidades brasileiras; mas também é possível voar com outras empresas fazendo conexão em países da América do Sul).
[clique aqui para ler o post sobre a Cidade do Panamá]
O caminho da capital até San Blas está dividido em 3 partes:
- 60km de rodovia boa;
- 40km de estrada zig-zag/sobe-desce que atravessa a cordilheira, da costa pacífica até a atlântica, chegando ao terminal de lanchas em Cartí (Gardi Sugdub);
- Lancha até onde está ancorado o seu veleiro para abordagem e início do passeio (ou até a ilha escolhida, caso vá para ficar em cabanas).
A viagem toda leva em torno de 3 horas. Recomendo partir da Cidade do Panamá por volta das 5h da manhã para aproveitar o dia ao máximo!
Expliquei aqui o caminho para ir com o seu próprio carro até o terminal de barcos em Cartí (no local há um estacionamento – sempre deixamos nosso carro lá). Atenção! Só é possível ir com carros 4×4 (muitos vão de camionetes comuns, sem tração nas 4 rodas, e também conseguem passar).
Mas se você vem ao Panamá de turismo e vai ficar alguns dias nas ilhas, provavelmente vai preferir contratar um transporte (não compensa alugar um carro pra deixar parado no porto), e o próprio veleiro irá combinar toda a parte de transporte terrestre e marítimo pra você (te buscam no hotel na capital, te colocam na lancha dos Kunas que te levará até o veleiro, e depois te levam de volta). Assim que fechar com o veleiro, combine a parte de transporte (tudo pago separadamente). Veja mais detalhes aqui.
Também é possível chegar a San Blas de avião (beeeem teco-teco), voando com a Air Panama, saindo da capital (Aeroporto de Albrook – PAC) rumo ao aeroporto El Porvenir, Guna Yala (PVE) ou Corazón de Jesus/Narganá (CZJ). A viagem é super rápida, mas sinceramente, acho que não compensa (eu nunca fui de avião). Em qualquer mal tempo os vôos são cancelados… Na minha opinião, o perrengue da estrada é mais prático do que o trâmite de aeroporto.
Acredite… Nesse paraíso, sua única preocupação será escolher quais ilhas deseja conhecer, afinal, há praticamente uma para cada dia do ano. 🙂 A rota que você fará com o seu veleiro (e quais ilhas irá visitar) é montada conforme seus desejos e claro, conforme o tempo de viagem disponível. As ilhas são próximas umas das outras e a navegação entre elas levará não mais do que 3 horas.
Como ficamos apenas por 1 noite (2 dias), não fomos muuuuito longe, mas conseguimos fugir do “burburinho”, visitando ilhas calmas, desabitadas e paradisíacas (MUITO paradisíacas). Nossa rota foi:
1. Salardup (ou Isla Estrellas) – onde abordamos no veleiro e curtimos a praia de manhã. A ilha não tem esse nome por acaso: ela costuma ser habitada por estrelas do mar! 🙂 Apesar de que esse fim de semana estava especial. Vimos estrelas do mar por todos os lados!!! Raias também (uma assim que saltamos no mar – lindíssima!)!!
Depois do almoço, velejamos por cerca de 3 horas até chegarmos em…
2. Green Island (ou Isla Verde, em espanhol. Não sei o nome em Kuna) – atracamos o veleiro próximo a essa ilha e ali passamos o fim de tarde, noite e a manhã seguinte. QUE ILHA UAU! Ela é bem selvagem, completamente desabitada… “Dentro” dela não há nada (nem índios), apenas árvores e muito mato. A praia estava “infestada” de estrelas do mar. E sua piscina natural azul turquesa/bebê (e quentinha) é impressionante.
Em seus arredores há um recife de coral fantástico, que mais parece um “bosque”. A água é muito transparente e ali vimos muita vida marinha (e mais duas raias) durante um mergulho de snorkel.
Na manhã seguinte, após o café da manhã, fomos de bote auxiliar até uma ilhotinha próxima à Green Island…
3. Waisaladup (“Pequeña Green Island”) – uma volta completa nessa ilha leva em torno de 2 minutos. hehehe. É muito mini e lindinha. Passamos algumas horas ali, sozinhos, e depois fomos para a Green Island para curtir mais um pouco da sua praia linda.
Os dias em San Blas são tranquilos: praia, snorkel, passeios de kayak… Os veleiros geralmente fornecem máscaras, snorkel e nadadeiras. Se você for ficar mais tempo, além das praias, também é possível conhecer algumas comunidades Kunas, fazer expedições pelos rios e se aprofundar mais na parte cultural.
Outras ilhas para conhecer em San Blas a bordo de um veleiro:
. Cayos Holandeses – o top 1 de San Blas são os Cayos Holandeses, formados por 21 pequenas ilhas desabitadas. São as mais distantes do continente, e por isso, têm a natureza mais intacta. Com apenas 1 noite de veleiro ficou inviável ir até lá (2 noites no barco já seria o suficiente). Pretendo voltar em breve para conhecer! Preciiiiisooo!
. Coco Bandero – é um grupo de ilhotinhas beeeem no estilo dos desenhos animados (sabe… Bem redondinhas com areia branquinha?!). Pra mim, as mais fofas.
. Chichimé – a maioria dos veleiros ficam atracados nessa ilha porque oferece mais estrutura e um ambiente bem animado (com barzinho e tudo mais). Já visitei a Chichemé Chico (a vizinha calma da ilha principal) e achei bem bonita. Contei sobre ela aqui.
Há outras ilhas famosas como Perro Chico, Perro Grande (maravilhoooosa), Elefante, Fragata etc. (fazem parte dos Cayos Limón) as quais também é possível visitar em veleiro (já as conheci quando fomos para dormir em cabanas ou passar o dia). São mais cheias de turistas, mas também são lindas. Leia sobre elas aqui.
<Atualização em 2019>
Como contei acima, em “O Veleiro”, em uma outra experiência em San Blas, conhecemos a Isla Nuinudup (em frente a mais conhecida Benedup) que é MARAVILHOSA!!! Tínhamos a praia praticamente só para a gente e os índios Kuna!
Todas as refeições estão incluídas no preço (inclusive bebidas – álcool moderado). Os pratos são a base de peixes e frutos do mar (claro!). Um dos tripulantes é quem cozinhará pra você. No nosso caso, demos sorte!! A Alejandra era uma super cozinheira. Teve até arepas venezuelanas!! Hum…. Quem não tem uma dieta muito compatível com a vida marítima hehehe, tipo eu que não como frutos do mar e não gosto de peixe, é melhor levar a própria comida para garantir. Eu levei um pacote de macarrão, molho vermelho e carne moída, e a Ale cozinhou pra mim. Mas se você curtir um peixinho ou uma lagostinha fresquinha… Prepare o estômago!!!! Eles compram tudo dos próprios Kunas, que ao pescarem, vão até o barco vender! 🙂
Claro que tudo é muito moderado, afinal estamos falando da “casa” de gente que mora há anos no mar e volta para a cidade poucas vezes ao ano (muitos quase não voltam!). Se pretende beber bastante, melhor levar suas garrafas também.
Para muitos, esse é o tema mais importante de todos. Sim, o veleiro tem banheiro! E tem também chuveiro com água doce. Mais uma vez… Tem que usar tudo com moderação. Mas… Decidimos trocar o banho de chuveiro por um banho muito mais exótico: BALDE! rsrs. Na Green Island, onde atracamos o barco para passar a noite, há um poço de água doce… Levamos nosso shampoo e sabonete, retiramos água do poço e tomamos banho ali mesmo. 😀 Adorei!
Mas para quem não curte MESMO essa experiência, fique tranquilo que HÁ TANQUE DE ÁGUA DOCE nos barcos. Já na experiência nos outros veleiros e no catamaran, tomamos banho a bordo.
Eu sempre fui das que dizem que 1 ou 2 noites em San Blas (em CABANAS) era o suficiente, afinal, trata-se de um lugar super rústico, com poucos recursos e infra-estrutura limitada. Depende mesmo é de você e do quanto você curte esse esquema mais roots (deixando claro que também AMOOOO ficar nas cabanas dos Kunas!!! Já dormi várias vezes, e dormiria muitas mais. Mais detalhes aqui.).
Mas no veleiro é outra história… Os quartos são mais confortáveis, os banheiros são mais limpos, a comida é melhor, não precisa deitar com areia no pé (hehehe) e você pode dormir cada dia em um novo lugar (atracado na praia de uma ilha diferente). Sugiro mínimo 2 noites para aproveitar bem. 3 ou 4 noites estaria perfeito, e daria tempo para explorar muuuuuitas e muitas ilhas e um pouco mais da cultura Kuna!!!
Apesar de estar no Caribe, San Blas está fora da zona de furacões! \o/ Mas há duas “estações”: seca e chuvosa.
Janeiro, fevereiro e março são os melhores meses, não só porque chove muito pouco mas também porque venta bastante (ideal para viajar de veleiro). Os meses de dezembro e abril também são bons.
Já nos outros meses, a probabilidade de chuvas é maior e o mar fica bem plano, com pouco vento (maio-novembro). Não quer dizer que você vai pegar com certeza chuva (as chuvas costumam ser rápidas), mas enfim, é menos garantido ver aquele céu azulziiiinho e um mar mega turquesa (a água só fica bem turquesa com sol). Eu já fui em TODOS os meses do ano a San Blas, e já peguei tempo ruim quando era época boa, e tempo bom quando era época ruim. Mas confirmo que de dezembro a abril sempre dei muito mais sorte.
- Leve seu PASSAPORTE. Como se trata de um território autônomo indígena, no meio da estrada existe uma “fronteira” (posto do Congreso General Guna e posto do Servicio Nacional de Fronteras de Panamá – SENAFRONT) e eles vão pedir para vê-lo (residentes/locais podem levar apenas o carnet de residência).
- Leve bastante dinheiro em CASH (“ainda” não aceitam cartão de crédito e não há caixa eletrônico! rs), e você pagará as coisas separadamente: motorista, imposto, lancha, veleiro, comprinhas de artesanato etc.
- No meio da estrada é preciso pagar um imposto para os Kunas (US$5 para panamenhos & residentes / US$20 para turistas).
- Se não quiser ficar desconectado durante toda a sua estadia, compre um chip pré-pago antes de ir para San Blas das operadoras Digicel ou +Móvil. Movistar e Claro NÃO funcionam.
- O trecho final da estrada (os últimos 40km, de Chepo a Cartí – terminal de barcos), como comentei acima, é cheio de curvas e sobe-desce. Não é fácil não. Eu sempre enjoo. Se você é desses que sempre passam mal, recomendo tomar um DRAMIN antes de sair do hotel.
- O caminho de LANCHA (do terminal em Cartí até o veleiro) nem sempre é muito agradável. Depende das condições do mar no dia e da “habilidade” e responsabilidade do barqueiro, mas muitas vezes está beeem mexido. Eu sempre levo toalhas ou uma almofadinha para sentar em cima caso bata um pouco. Você pode escolher entre: molhar muito & pular menos (sentando na parte de trás da lancha) ou molhar menos & pular muito (sentando na parte da frente da lancha).
- Leve um REPELENTE. Nas ilhas, não há muitos mosquitos. Mas no terminal de barcos há, e muuuuito! #XôZika!
- A moeda do Panamá é o Dólar Americano (na verdade, se chama Balboa, mas não há notas de Balboas, apenas de dólares, e elas valem a mesma coisa). Todos os pagamentos serão feitos em dólares.
- Leve BATERIAS muito bem carregadas (de câmeras, celulares etc.). Apesar do veleiro possuir energia, é muito moderado.
- Recomendo levar alguns lanchinhos (tipo bolachas, batatinhas etc.), mesmo que o barco tenha tudo incluído.
- Leve roupas leves e frescas (faz calor quase sempre, inclusive para dormir). Mas a noite, na parte externa do barco, fazia um ventiiiiiinho, que recomendo também levar um casaco, de preferência impermeável. Você não vai usar sapatos para NADA. Nem mesmo chinelos.
- No barco já há ROUPA DE CAMA e TOALHAS DE BANHO. Mas recomendo levar toalhas extras para a praia. Cangas para estender na areia também são bem-vindas!
- Lembre-se de que você está indo se hospedar na “casa” de alguém. É simpático chegar com algo para os donos! 🙂
Aiii… Responder a esse tópico será BEM difícil. Mas como sei que essa pergunta vai acabar aparecendo (só pelo instagram já me perguntaram várias vezes em menos de uma semana), vou tentar deixar aqui o meu “veredito”. São experiências MUITO diferentes. Sei que quem vem ao Panamá como turista não tem tempo para fazer as duas coisas, mas a verdade é que o veleiro não substitui a cabana, nem a cabana o veleiro. Depende muito do que você quer.
O veleiro é muito mais confortável. Como falei, a comida é mais bem feita, o banheiro é melhor, tudo é mais limpinho etc etc. e tem também a vantagem de ser uma “casa ambulante”. Você pode acordar cada dia com um novo visual. Gostei também porque a bordo de um veleiro você pode conhecer ilhas muito mais distantes, paradisíacas e inexploradas. Você pode definir a rota junto com o capitão e a marinheira e conhecer as ilhas que você tanto sonha (nas cabanas, você fica meio preso aos barqueiros, aos tours que a ilha oferece, e as distâncias que as lanchas kunas percorreriam por você).
O que amei também foi poder conviver com os TRIPULANTES do barco. A maioria deles tem uma história de vida incrível. Geralmente é gente que largou tudo (emprego estável, rotina etc.) para viver a vida que sempre sonhou, desapegado, no mar, morando em um barco!!! Isso, pra mim, foi MUITO inspirador.
Eu particularmente gostei mais do veleiro. Amei minhas noites nas cabanas, mas se só pudesse escolher UMA MANEIRA, para UMA ÚNICA IDA a San Blas na VIDA, escolheria o veleiro.
Só que claro, é mais caro. Se você está com um budget menos folgado, com certeza as cabanas sairão muito mais em conta (até mesmo as cabanas mais caras). E é uma experiência incrível também (como vocês podem ler nos meus relatos aqui e aqui, sou e sempre fui apaixonada pela experiência de dormir nas ilhas).
Quanto à convivência com os Kunas, apesar de dormindo nas ilhas você estar junto deles, eles são bem tímidos e não falam muito com os turistas (à parte das ilhas “festeiras”… Nessas os índios falam, cantam, bebem… E fazem muito mais. Hehehe). Sabe que achei que aprendi muito mais da cultura deles no veleiro??! Eles chegavam, tentavam vender seus artesanatos e tal… E eram Kunas que nem espanhol falavam. Isso porque estávamos em ilhas bem mais distantes. Lembre-se que ficando mais tempo, é possível até organizar tours pelas comunidades.
Espero que vocês tenham ficado empolgados para conhecer San Blas a bordo de um veleiro!! Foi um fim de semana MARAVILHOSO e mesmo sem sair do Panamá, país onde moro, me senti completamente desconectada.
/// SEGURO VIAGEM ///
[update em 2024]
Costumava não achar essa dica “uma das mais importantes”, mas em 2023 precisei usar messssmo o seguro viagem, ir para o hospital em Portugal, estando com sozinha com meu filho pequeno e tudo mais, e estava com cobertura do seguro viagem CORIS. E de forma anônima (não era parceria nem nada, meu marido que tinha emitido o seguro pra mim), eu fui MUITO bem atendida e fiquei super impressionada com o serviço da CORIS. Desde então, não tenho feito outro seguro viagem (e ainda se tornaram meus parceiros!). Sério… Não viaje sem. É um gasto muito pequeno perto de todo o investimento da viagem, mas se você precisar usar, vai ser a maior dor de cabeça de toda a viagem.
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Aqui nesse post contei um pouquinho do perrengue de saúde que passei em Portugal e também trouxe alguns dos diferenciais do seguro viagem Coris.
Contatos
Para encontrar barcos disponíveis de acordo com o tamanho do seu grupo, orçamento e estilo de viagem, entre em contato com a SAILING LIFE EXPERIENCE. Eles têm o contato de quase todos os veleiros que estão navegando por San Blas, e te dão o maior suporte do mundo. Não esqueça de mencionar que ficou sabendo da empresa por meio da Lala Rebelo. Como eles me conhecem e tem carinho pelo blog e por todos os leitores que chegam até San Blas por causa das minhas dicas, tenho certeza de que tratarão você e sua família ou amigos como clientes VIP! 🙂
Veja no mapa abaixo a localização de San Blas, principais aeroportos, cayos e ilhas mencionadas:
Beijos, Lala
insta: @lalarebelo
face: lalarebelotravelblog
* Que tal viver uma experiência em VELEIRO também no Brasil?? Explorar Paraty e Ilha Grande a bordo de um barco bacana e conhecer praias e ilhas desertas também é o MÁXIMO!!! Contei em detalhes aqui nesse outro post do blog.